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CNJ aperta o cerco contra “república de Curitiba”

Três meses atrás, o ministro Luis Felipe Salomão, Corregedor Nacional de Justiça, ordenou uma investigação na 13ª Vara Federal de Curitiba. Uma matéria publicada hoje pela revista Veja destaca que “há problemas na forma como os ativos e fundos confiscados de réus, bem como acordos internacionais da Lava Jato, estão sendo administrados”. De acordo com […]

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Foto: Pedro França/Agência Senado

Três meses atrás, o ministro Luis Felipe Salomão, Corregedor Nacional de Justiça, ordenou uma investigação na 13ª Vara Federal de Curitiba. Uma matéria publicada hoje pela revista Veja destaca que “há problemas na forma como os ativos e fundos confiscados de réus, bem como acordos internacionais da Lava Jato, estão sendo administrados”. De acordo com um relatório confidencial a ser publicado nos próximos dias, o CNJ examinou as ações de juízes e a alocação de grandes somas de dinheiro provenientes de multas e acordos com réus. A investigação também descobriu ativos confiscados, agora dispersos em museus e depósitos sem qualquer supervisão. Pelo menos dez pessoas foram interrogadas, incluindo servidores públicos, juízes, desembargadores, procuradores, advogados e representantes da Transparência Internacional, bem como executivos da Petrobras.

A Operação Lava Jato começou a enfrentar escrutínio mais intenso da mídia a partir de 2019, quando foram divulgadas conversas entre o atual senador Sergio Moro e procuradores do Ministério Público Federal (MPF-PR). Antes de se tornar senador, Moro era o juiz responsável pela Lava Jato em primeira instância em Curitiba. De acordo com as conversas reveladas, Moro estava envolvido na preparação de acusações, função que deveria ser exclusiva dos promotores. Em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou a parcialidade do ex-juiz nos casos envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No ano seguinte, Moro sofreu uma derrota legal relacionada a fraude eleitoral, o que o levou a concorrer ao Senado pelo Paraná.

Em junho deste ano, o empresário Tony Garcia expôs algumas das irregularidades de Moro. Em uma entrevista ao portal 247, Garcia alegou ter sido instruído por Moro para fornecer à revista Veja informações que pudessem prejudicar o ex-ministro José Dirceu. Ele também afirmou que, a mando de Moro, gravou ilegalmente o ex-governador do Paraná, Beto Richa, em 2018, e disse que Moro transformou “Curitiba na Guantánamo brasileira”.

O ministro Dias Toffoli, do STF, está investigando as acusações feitas pelo empresário contra o senador e ex-juiz da Operação Lava Jato.

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Comentários

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Saulo

03/09/2023 - 09h35

Lula, Dirceu, Palocci e toda a gangue deveriam ter sido pendurados pelo escroto em praça pública.


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