Rádio Internacional da China – Nos últimos dias, a comunidade internacional não parou de criticar o Japão pelo descarte da água radioativa da usina nuclear de Fukushima no mar. No entanto, a parte japonesa não corrigiu seu erro, e começou a acusar a China para tentar encobrir sua culpa.
Vários veículos de imprensa do Japão especularam que o sentimento anti-Japão está aumentando na China, e que o público chinês tomou ações para assediar o Japão, entre outras.
Ao mesmo tempo, políticos japoneses, incluindo o primeiro-ministro Fumio Kishida, exigiram que a China cancelasse as restrições sobre a importação de produtos marítimos japoneses. Eles até disseram que poderiam tomar contramedidas.
De fato, isso faz parte de uma guerra de opinião pública planejada pelo Japão. Há dois anos o governo japonês anunciou que iria descartar água contaminada no mar, e desde então as atividades de propaganda e embelezamento também começaram. No orçamento da Agência de Reconstrução do Japão de 2021, o investimento em relações públicas relacionado ao acidente nuclear de Fukushima aumentou significativamente para dois bilhões de ienes, quatro vezes mais do que em 2020.
Nos últimos dois anos, o Ministério das Relações Exteriores do Japão também aumentou o orçamento de propaganda sobre o descarte da água radioativa no mar. No dia 24 de agosto, ou seja, o dia em que o Japão começou o despejo, a autoridade japonesa preparou 70 bilhões de ienes para lançar “notícias falsas”.
Nos últimos dias, a Embaixada da China no Japão vem sendo perturbada gravemente, mas a mídia japonesa calou a boca sobre este fato.
Além disso, acusar a China é uma necessidade política para o governo japonês. Atualmente, o círculo político do Japão está cada vez mais conservador e repleto de informações negativas sobre a China na sociedade local. Pesquisas realizadas nos últimos dias 26 e 27 mostraram que a aprovação de Fumio Kishida era apenas 26%. Por isso, reforçar o sentimento anti-China é uma maneira para desviar a atenção do público japonês e apaziguar a opinião pública no país.
No entanto, o governo do Japão deve entender que é normal que os chineses tenham agora um sentimento negativo em relação ao Japão, porque estão preocupados com a segurança alimentar. E não só os chineses, mas toda a comunidade internacional conta com uma forte oposição à conduta japonesa que traz prejuízo para o ambiente marítimo e para a saúde humana.