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Candidata à presidência do Equador afirmou ter sofrido ameaças de morte

A vencedora do primeiro turno das eleições presidenciais do Esquadros, Luisa González, denunciou nesta sexta-feira (1) ter recebido ameaças de morte. A candidata de esquerda que irá concorrer ao segundo turno das eleições em 15 de outubro concordou em receber proteção militar durante a campanha até a data. “Hoje recebi ameaças contra minha vida porque […]

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Foto: Rodrigo Buendia/AFP

A vencedora do primeiro turno das eleições presidenciais do Esquadros, Luisa González, denunciou nesta sexta-feira (1) ter recebido ameaças de morte.

A candidata de esquerda que irá concorrer ao segundo turno das eleições em 15 de outubro concordou em receber proteção militar durante a campanha até a data.

“Hoje recebi ameaças contra minha vida porque sou a candidata com maior probabilidade de ganhar a presidência”, afirmou ela. Luisa González é ligada ao movimento Revolução Cidadã, partido do ex-presidente socialista do país, Rafael Correa.

No primeiro turno, González ficou em primeiro lugar, com 34% dos votos válidos. Agora, ela irá disputar apenas com o direitista Daniel Noboa, segundo colocado com 23%.

Um forte candidato às eleições presidenciais era o centrista Fernando Villavicencio. O jornalista investigativo foi morto a tiros ao deixar um comício eleitoral no dia 9 de agosto, duas semanas antes do primeiro turno das votações, que aconteceu dia 20 de agosto.

Segundo as pesquisas de intenção de voto do país, Villavicencio alternava entre 3ª e 5ª posição. Sua morte bruta, no entanto, mudou os rumos das campanhas eleitorais,

Embora o Equador já fosse um país marcado pelas ondas violência, principalmente nas cidades de rota de tráfico de drogas, o assassinato do presidenciavel afetou todo o país, incluive na preocupação com a proteção dos outros candidatos.

De acordo com González, a promotoria está investigando um suspeito que “alegou ter bombas para atentar contra sua vida”, e afirmou que a segurança da política será reforçada.

A presidenciável chegou a citar um processo judicial em que um dos réus confessou em depoimento que “apenas cumpria ordens, tinha a tarefa de entregar algumas bombas que seriam utilizadas em um atentado contra a candidata do RC [partido de Luisa González]”.

“Isso é muito preocupante, porque afeta a democracia, em uma campanha que já tem um candidato que foi assassinado”, relembra a candidata. “Estamos todos em risco, enquanto não for retomado o controle do país, com medidas eficazes para a garantir a segurança de todos os cidadãos”.

“Tenho que lhe dar uma notícia triste. Estou usando um colete à prova de balas”, disse ela. Luiza González afirmou ter aceitado a proposta do governo equatoriano para proteger os candidatos finalistas. No dia 24 de agosto, o atual presidente do país, Guillermo Lasso, ordenou que as Forças Armadas cuidassem da segurança dos candidatos.

“Nossa democracia vai sair fortalecida deste processo eleitoral e para isso é fundamental que os candidatos tenham proteção suficiente”, disse Lasso.

Após o ataque contra Villavicencio, Noboa, que também disputa o segundo turno das eleições, afirmou ter recebido também ameaças. O político foi ao debate presidencial do dia 13 de agosto, menos de uma semana após a morte do jornalista, vestido com um colete à prova de balas – de acordo com os analistas, essa ação catapultou seu resultado nas urnas.

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