Contrariando pessimistas e apocalípticos, o PIB brasileiro cresceu vigorosamente no segundo trimestre, e fechou os primeiros seis meses do ano com um crescimento de quase 4%. Para ser preciso, 3,7%.
Caso este ritmo se mantenha no segundo semestre, e tudo indica que se manterá, e tradicionalmente a economia se aquece mais perto do final do ano, em virtude do Natal e do décimo terceiro, o PIB brasileiro de 2022 pode surpreender o mercado e o mundo inteiro.
Politicamente, o número do IBGE divulgado hoje é uma grande vitória para Lula, lubrificando as engrenagens para a reforma ministerial e facilitando as primeiras articulações para as eleições municipais de 2024.
Com exceção dos setores mais reacionários, a maioria do centro político do país se sentirá inclinado a fazer alianças com um governo que entrega bons números. E se o campo progressista conseguir boas costuras para 2024, as perspectivas de bons resultados eleitorais serão maiores.
Algusn economistas aproveitaram os números positivos para alfinetar os pessimistas.
11 gráficos que desafiam os pessimistas e indicam que a economia do Brasil está diante de bons ventos🧵: pic.twitter.com/3CRHMBmP9x
— Paulo Gala (@paulogala) September 1, 2023
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PIB cresce 0,9% no segundo trimestre e fecha semestre com alta de 3,7%
Editoria: Estatísticas Econômicas | Umberlândia Cabral | Arte: Brisa Gil e Helena Pontes
01/09/2023 09h00 | Atualizado em 01/09/2023 09h16
Agência IBGE — Na passagem do primeiro para o segundo trimestre deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,9%, oitavo resultado positivo consecutivo do indicador nessa comparação. O resultado é menor do que o registrado no primeiro trimestre (1,8%). O PIB, que é a soma dos bens e serviços finais produzidos no Brasil, totalizou R$ 2,651 trilhões em valores correntes no trimestre encerrado em junho.
Com esse resultado, houve avanço de 3,7% no primeiro semestre do ano. Nesse cenário, a atividade econômica do país opera 7,4% acima do patamar pré-pandemia, referente ao quarto trimestre de 2019, e atinge o ponto mais alto da série. O segundo maior patamar é o do trimestre anterior. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado hoje (1º) pelo IBGE.
A alta do segundo trimestre é explicada pelo bom desempenho da indústria (0,9%) e dos serviços (0,6%). Como as atividades de serviços respondem por cerca de 70% da economia do país, o resultado do setor influencia ainda mais a expansão do PIB.
“O que puxou esse resultado dentro do setor de serviços foram os serviços financeiros, especialmente os seguros, como os de vida, de automóveis, de patrimônio e de risco financeiro. Também se destacaram dentro dos outros serviços aqueles voltados às empresas, como os jurídicos e os de contabilidade, por exemplo”, explica a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis. O setor de serviços está há 12 trimestres sem variações negativas e também se encontra no ponto mais alto da sua série.
As atividades industriais ficaram no campo positivo pelo segundo trimestre seguido, após a variação de -0,2% nos últimos três meses do ano passado. A expansão do segundo trimestre é relacionada aos resultados positivos das indústrias extrativas (1,8%) da construção (0,7%), da atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (0,4%) e das indústrias de transformação (0,3%).
Nas indústrias extrativas, o destaque é a extração de petróleo e gás e a de minério de ferro, produtos relacionados à exportação. A variação do segundo trimestre é a quinta seguida positiva do setor extrativo. A indústria como um todo segue acima do patamar pré-pandemia, mas não conseguiu superar o ponto mais alto da sua série histórica, alcançado no terceiro trimestre de 2013.
A agropecuária foi o único dos três grandes setores da economia a recuar no trimestre (-0,9%). A retração vem após o avanço de 21,0% no primeiro trimestre e se deve, principalmente, à base de comparação elevada. “Se olhamos o indicador interanual, vemos que a agropecuária é a atividade que mais cresce. O resultado é menor porque é comparado ao trimestre anterior, que teve um aumento expressivo. Isso aconteceu porque 60% da produção da soja é concentrada no primeiro trimestre”, analisa Rebeca. Com a diminuição do peso dessa cultura no segundo trimestre, aumenta a participação de outros produtos, como o café, que cresce menos que o principal produto agrícola do país
Consumo das famílias cresce 0,9% no trimestre
O consumo das famílias avançou 0,9% no segundo trimestre. É a maior alta desde o mesmo período do ano passado (1,6%). “Do lado positivo, o mercado de trabalho vem melhorando constantemente, há o crescimento do crédito e várias medidas governamentais como incentivos fiscais, vide redução de preços de automóveis, e os reajustes nos programas de transferência de renda, notadamente o Bolsa Família. Por outro lado, os juros seguem altos, o que dificulta o consumo de bens duráveis, e as famílias seguem endividadas porque, apesar do programa de renegociação de dívidas, elas levam um tempo para se recuperar”, diz.
Também frente ao trimestre anterior, o consumo do governo cresceu 0,7%, quarto resultado positivo seguido. Quanto aos investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo), o cenário foi de estabilidade (0,1%). A taxa de investimento foi de 17,2% do PIB, inferior à do mesmo período de 2022 (18,3%). Esse indicador representa a parcela de investimentos no total da produção de bens e serviços finais produzidos no país. De acordo com a coordenadora de Contas Nacionais, o resultado é ligado à queda da produção interna de bens de capital, como são chamados os itens que são usados para produção de outros produtos por mais de um período, como máquinas e equipamentos.
No mesmo período, a taxa de poupança também caiu: passou de 18,4%, no segundo trimestre do ano passado, para 16,9% no mesmo período deste ano. “Esse resultado era esperado e já acontece desde o primeiro trimestre. Durante a pandemia, houve aumento porque as famílias de maior renda, por não poderem consumir certos serviços, pouparam esse dinheiro excedente. Com a normalização da demanda e oferta dos serviços, a taxa de poupança caiu”, explica.
No setor externo, houve crescimento tanto nas exportações de bens e serviços (2,9%) quanto nas importações (4,5%) frente ao primeiro trimestre deste ano.
PIB cresce 3,4% frente ao mesmo período de 2022; agropecuária cresce 17,9%
Frente ao segundo trimestre do ano passado, o PIB cresceu 3,4%. Nessa mesma comparação, a agropecuária cresceu 17,0%, o melhor resultado entre os setores. Essa alta é relacionada ao bom desempenho de alguns produtos como a soja, o milho, o algodão e o café. As estimativas da pecuária também contribuíram com o resultado.
Já a indústria cresceu 1,5%, com destaque para as indústrias extrativas (8,8%), que se beneficiaram do aumento na extração de petróleo e gás e de minérios ferrosos. Na atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (4,8%), o impacto veio do consumo residencial de energia favorecido pela melhora nas bandeiras tarifárias.
Na mesma comparação, os serviços avançaram 2,3%. Entre os setores de destaque estão as atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (6,9%), influenciadas pelo bom desempenho dos seguros
PIB avança 3,7% no primeiro semestre
No primeiro semestre, o crescimento do PIB foi de 3,7%. Os três grandes setores cresceram no período: agropecuária (17,9%), indústria (1,7%) e serviços (2,6%). “No semestre, o destaque é o setor agropecuário, que teve um ótimo resultado por causa das safras recordes de soja e milho”, explica a pesquisadora.
Já nas atividades industriais, os destaques foram as indústrias extrativas (8,2%), a eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (5,6%) e a construção (0,9%). As indústrias de transformação (-1,3%) caíram no mesmo período.
Nos serviços, os setores que cresceram foram: atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (5,8%), informação e comunicação (5,3%), transporte, armazenagem e correio (4,2%), outras atividades de serviços (3,3%), atividades imobiliárias (2,8%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,0%) e comércio (0,9%).
Saulo
01/09/2023 - 11h00
Conforme dito desde o ano passado aqui mesmo este governo gozaria de bons números durante o ano de 2023 devido a base deixada pelo governo anterior e embalo pós saída da pandemia e estabilização.
Dito isso nada foi feito (por sorte dos brasileiros) por este aglomerado de Trogloditas em tema economico por tanto torcemos para que assim continue até que a conta das dúvidas astronômicas impagáveis que estes imbecis estão fazendo chegue com tudo como sempre foi.