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Os obstáculos financeiros nos pequenos varejos de alimentos

De acordo com uma pesquisa conduzida pelo Instituto Locomotiva em colaboração com a plataforma Compra Agora, no universo do pequeno varejo alimentar, nove entre cada dez gestores admitem que enfrentam preocupações que perturbam seu repouso noturno. Os principais desafios que afligem esses gestores estão intrinsecamente ligados a questões administrativas, com 18% mencionando-as como uma fonte […]

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Imagem: ANA PAULA APRATO/ARQUIVO/JC

De acordo com uma pesquisa conduzida pelo Instituto Locomotiva em colaboração com a plataforma Compra Agora, no universo do pequeno varejo alimentar, nove entre cada dez gestores admitem que enfrentam preocupações que perturbam seu repouso noturno. Os principais desafios que afligem esses gestores estão intrinsecamente ligados a questões administrativas, com 18% mencionando-as como uma fonte de inquietação, seguidas de perto pela gestão financeira, citada por 15% dos participantes da pesquisa. Outros obstáculos incluem a batalha contra a concorrência, mencionada por 10% dos entrevistados, questões relacionadas à estratégia de precificação, com 7% de menções, e a busca por oportunidades de crédito, com 6% de referências.

Quando se aprofundam nos desafios financeiros, quase a totalidade dos empreendedores, ou seja, 98%, reconhecem encontrar dificuldades ao investir em seus próprios negócios e na árdua tarefa de separar as finanças pessoais das comerciais. Apenas uma pequena parcela, 2%, não enfrenta obstáculos financeiros. As questões mais frequentemente destacadas pelos entrevistados incluem a complexidade de reinvestir os lucros no próprio empreendimento, com 40% mencionando esse ponto, seguido de perto pela dificuldade de separar recursos para despesas comerciais e pessoais, com 38%. A adequada precificação dos produtos foi mencionada por 37% dos participantes, enquanto a busca por crédito e empréstimos foi destacada por 36%.

Apesar dos desafios inegáveis, a pesquisa revela que 75% dos entrevistados percebem uma melhoria no cenário ao longo do último ano, e notavelmente, 88% mantêm a crença firme de que seus negócios prosperarão no ano seguinte. Essa perspectiva encontra respaldo na evolução do Produto Interno Bruto (PIB), que registrou um aumento de 0,9% durante o segundo trimestre de 2023 em comparação com o trimestre precedente, quando ajustado para sazonalidade. Embora esse crescimento represente uma desaceleração em relação à taxa de 1,8% registrada nos três primeiros meses do ano (uma cifra revisada), ele supera consideravelmente as projeções do mercado financeiro, que esperava um crescimento mais modesto, situado entre 0,2% e 0,3% para o período.

Essa pesquisa englobou 1.000 entrevistas realizadas entre os dias 25 de abril e 23 de maio de 2023, com uma amostragem composta principalmente por proprietários, que representaram 81% dos entrevistados, e funcionários responsáveis pela gestão de estabelecimentos de varejo alimentar de pequeno porte, com até 8 caixas físicos, em todas as regiões do Brasil. É importante destacar que a margem de erro dessa pesquisa é de 3,1 pontos percentuais.

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