Nas últimas horas, a imprensa têm repercutido uma notícia da colunista Mônica Bergamo, na Folha, sobre um “abandono dos militares” em relação a Jair Bolsonaro. Até esse ponto, não há nenhuma novidade em si, mas o que chama atenção é como a publicação se desenrola.
Em um determinado momento, a notícia diz que o ponto crucial para a prisão e condenação do ex-presidente é justamente esse abandono da caserna. Um dos fatores que gerou esse desprendimento, segundo a colunista, é o envolvimento do general Mauro Lourena Cid no escândalo da venda ilegal de joias.
Como se sabe, a Polícia Federal encontrou no celular do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, preso desde maio, mensagens que indicam a participação do general e pai do militar no esquema criminoso por meio do “empréstimo” da sua conta bancária no exterior.
Nas mensagens, Mauro Cid afirma que o seu pai tinha recebido em conta cerca de US$25 mil dólares decorrente da venda das joias. Esse dinheiro seria entregue a Bolsonaro em dinheiro vivo.
Ora, invariavelmente que essa tese do “abandono” nos leva a refletir que a prisão do maior criminoso que passou pelo Palácio do Planalto depende do apoio e até mesmo da permissão dos militares. Além de ser um absurdo, outro ponto que passa batido é que a opinião de militares sobre a prisão de um político, a príncipio, não deveria importar e muito menos ser pauta na mídia.
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