O Brasil está passando por um período de otimismo econômico, alcançando seu melhor desempenho em mais de uma década, de acordo com dados recentes da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Este cenário positivo não se limita ao Brasil; ele está impulsionando a confiança econômica em toda a América Latina, com o México também mostrando sinais de melhora.
O aumento na confiança econômica é notável tanto na avaliação da situação atual quanto nas expectativas para o futuro. Este salto na confiança foi tão significativo que alterou a classificação do ambiente econômico do Brasil de “desfavorável” para “favorável”. Este é o maior aumento registrado desde o final de 2012.
A queda na inflação, a aprovação de reformas fiscais e tributárias e a recente redução da taxa de juros pelo Banco Central são alguns dos fatores que contribuem para esse otimismo. Além disso, a melhora nos indicadores brasileiros tem um impacto significativo na América Latina como um todo, já que o Brasil e o México são as maiores economias da região.
Agora, vamos aos números.
O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina subiu de 65,8 pontos no segundo trimestre para 99,6 pontos no terceiro trimestre deste ano. O Brasil teve um papel crucial nessa melhora, com seu ICE passando de 58,8 pontos para 121,4 pontos, uma variação de 62,6 pontos. Este é o maior valor desde o quarto trimestre de 2012.
O Indicador da Situação Atual (ISA) e o Indicador das Expectativas (IE) também mostraram melhorias significativas. O ISA subiu 71,4 pontos, passando para a zona neutra, enquanto o IE saiu da zona desfavorável e registrou 144,4 pontos no terceiro trimestre. Esses indicadores são fundamentais para entender a confiança dos empresários e investidores na economia.
No México, a situação também é positiva, mas em uma escala menor. O país viu aumentos em todos os seus indicadores, mas em uma escala menor que o Brasil. A queda nos preços das commodities e a valorização da moeda mexicana são fatores que contribuíram para essa melhora.
Em termos de ranking, o Brasil ocupou o segundo lugar em clima econômico, enquanto o México ficou em terceiro. No entanto, quando se trata de avaliação da situação atual, o indicador do Brasil é inferior ao do México.
A melhora nos indicadores econômicos não se limita a esses dois países. Quase toda a América Latina mostrou uma melhora nos indicadores, refletindo-se nas revisões das projeções de crescimento econômico para a região. O Brasil mostrou a maior variação positiva, com um aumento de 1,2 pontos percentuais.
Em resumo, os dados indicam um clima de otimismo econômico tanto no Brasil quanto na América Latina. No entanto, ainda há desafios a serem enfrentados, como a regulamentação das reformas aprovadas e possíveis mudanças no último trimestre do ano. Mesmo assim, os números são promissores e indicam um caminho positivo para o futuro econômico da região.
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