Magno Malta: “Parabéns pelo seu voto, Zanin!”

Jair Bolsonaro e Magno Malta se encontraram no início do mês em Brasília. (Reprodução/ Instagram @magnomalta )

O ministro Cristiano Zanin, recém-nomeado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem sido alvo de críticas contundentes por parte de políticos e representantes da esquerda. Seus votos recentes em temas ligados a costumes têm causado um racha na base de apoio do governo, levantando questões sobre a escolha do presidente para o cargo. Zanin recebeu elogios do senador Magno Malta, um dos bolsonaristas mais radicais do país, o que já levantou sobrancelhas entre os apoiadores de Lula.

Na última quinta-feira, Zanin votou contra a descriminalização do porte de maconha para consumo próprio. Esse voto gerou reações imediatas em grupos de WhatsApp de parlamentares do PT e de advogados ligados ao partido. Felipe Neto, influenciador que fez campanha para Lula, foi às redes sociais para protestar contra a decisão. As deputadas Sâmia Bonfim e Erika Hilton também se manifestaram, pedindo uma ministra negra e progressista no STF.

Advogados e juristas do grupo Prerrogativas, que apoiou a campanha de Lula, optaram por um “pacto de silêncio” sobre a postura de Zanin. Segundo relatos, os votos do ministro caíram como uma bomba na turma, que se define como de esquerda politicamente. O grupo preferiu atuar nos bastidores para diminuir a temperatura das reações.

As críticas a Zanin também recaíram sobre o presidente Lula, que, segundo eleitores, deveria conhecer melhor as posições de seu indicado. A pressão agora é para que Lula nomeie uma pessoa progressista para a vaga de Rosa Weber, que se aposentará em setembro.

Além do voto contra a descriminalização da maconha, Zanin também votou contra a equiparação das ofensas contra LGBTQIA+ à injúria racial e foi favorável à condenação de dois homens que furtaram objetos com valor inferior a R$ 100. Esses três votos tornaram-se um divisor de águas na base de apoio de Lula, gerando um dilema para o presidente. A escolha do próximo ministro para o STF será crucial não apenas para o Judiciário, mas também para a coesão da base governista.

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