A estratégia da esquerda espanhola para continuar no poder

Lula e Pedro Sanchez. Foto de Ricardo Stuckert.

Já se passou um mês desde as eleições na Espanha, que resultaram em um parlamento sem uma maioria clara. Os dois principais candidatos, Alberto Núñez Feijóo do Partido Popular (PP) e Pedro Sánchez do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), estão em uma corrida para formar uma coalizão governamental.

Nas eleições de julho, o PP de Feijóo, alinhado à centro-direita, saiu na frente do PSOE de Sánchez, de centro-esquerda. No entanto, mesmo com a possibilidade de uma aliança com o VOX, de extrema-direita, o PP não conseguiu alcançar as 176 cadeiras necessárias para governar. Diante disso, o rei Felipe VI deu a Feijóo a oportunidade de tentar formar um governo.

Feijóo enfrenta um grande desafio: ele precisa do apoio de partidos independentistas para formar um governo. No entanto, seu partido tem sido fortemente contra o separatismo, o que torna essa tarefa ainda mais difícil.

Do outro lado, Sánchez está se preparando para sua própria reeleição. Seu partido já demonstrou força ao eleger Francina Amengol como presidente do congresso, com o apoio do partido separatista Junts. Além disso, Sánchez está em negociações intensas com o Junts e outros partidos menores. Uma estratégia específica que vem sendo considerada é a de ceder quatro deputados da bancada do PSOE para que o Junts, que atualmente tem sete deputados, possa atingir o número mínimo de deputados necessários para formar um “grupo parlamentar”. Essa manobra traria vantagens regimentais e poderia ser crucial para garantir o apoio necessário para formar um governo.

As próximas semanas serão cruciais. Se Sánchez conseguir o apoio necessário, ele poderá se reeleger. Caso contrário, novas eleições podem ser necessárias no fim do ano.

Com informações da @eleicoeseuropa.

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