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Segredos escondidos: o caminho para resolver o caso das joias

Segundo Carolina Brígido, do UOL, na apuração do caso envolvendo as joias, as informações não reveladas possuem maior relevância do que os dados relativos à movimentação bancária apresentados pela equipe jurídica de Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF). Isso porque os extratos bancários abrangem o período em que Bolsonaro ocupou o cargo de presidente […]

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Jair Bolsonaro, ex-presidente da república e inelegível até 2030 - Foto: Sérgio Lima/Poder360

Segundo Carolina Brígido, do UOL, na apuração do caso envolvendo as joias, as informações não reveladas possuem maior relevância do que os dados relativos à movimentação bancária apresentados pela equipe jurídica de Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF). Isso porque os extratos bancários abrangem o período em que Bolsonaro ocupou o cargo de presidente da República, isto é, de 2019 a 2022.


Na última quinta-feira (17), a pedido da Polícia Federal, o ministro do STF autorizou a quebra do sigilo fiscal e bancário do casal, com o propósito de verificar se o dinheiro proveniente da venda das joias chegou até eles.

A Polícia Federal está investigando uma possível trama de desvio e comercialização no exterior de bens entregues à Presidência da República em missões oficiais, incluindo os conjuntos de joias oferecidos pela Arábia Saudita.

Embora haja suspeitas de que algumas joias tenham sido transacionadas no ano anterior, existem evidências de que relógios de luxo tenham sido vendidos neste ano, ou seja, fora do período abrangido pelos extratos fornecidos ao STF. A PF levanta a hipótese de que os recursos provenientes dessas vendas tenham sido repassados a Bolsonaro em forma de dinheiro em espécie.

Após a decisão de Moraes em relação à quebra dos sigilos, Michelle publicou um comunicado indignado em uma rede social: “Pra quê quebrar meu sigilo bancário e fiscal? Bastava me pedir! Quem não deve não teme!”.

https://twitter.com/MichelleBolso22/status/1692552529333076160

Os dados apresentados pela equipe de defesa de Bolsonaro ao STF são relevantes para a investigação, mas não substituem as informações oficiais requisitadas ao Banco Central e à Receita Federal, como discutido na coluna de terça-feira (22).

A declaração de Bolsonaro tem natureza política e carece de respaldo legal. Isso se deve ao fato de que as informações financeiras prestadas fora dos canais oficiais precisariam ser submetidas a análises periciais para comprovar sua autenticidade, ao passo que os dados oriundos das instituições já possuiriam essa validação. Em outra perspectiva, mesmo que as informações se revelem verídicas, é possível que elas estejam incompletas.

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