O Kremlin rejeitou veementemente as acusações ocidentais de que ordenou a morte do chefe do grupo mercenário Wagner, Yevgeny Prigozhin, chamando-as de “mentira absoluta”. A declaração surge após a queda de um jato particular na quarta-feira à noite, noroeste de Moscou, onde Prigozhin estava a bordo e sem sobreviventes encontrados.
O presidente russo Vladimir Putin expressou suas condolências à família de Prigozhin na quinta-feira, quebrando seu silêncio após o acidente. Ele citou “informações preliminares” indicando que Prigozhin e seus principais associados no grupo Wagner foram mortos e, enquanto elogiava Prigozhin, mencionou que ele cometeu alguns “erros graves”.
Políticos e comentaristas ocidentais têm sugerido, sem apresentar provas, que Putin ordenou que Prigozhin fosse morto como punição por lançar uma revolta em 23 a 34 de junho contra a liderança do exército. Esta ação representou o maior desafio ao governo de Putin desde que ele chegou ao poder em 1999.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, rechaçou tais acusações. “Toda essa especulação é uma mentira absoluta, e aqui, ao cobrir essa questão, é necessário basear-se em fatos. Ainda não há muitos fatos. Eles precisam ser estabelecidos no decorrer das ações investigativas”, declarou.
O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, também criticou o presidente dos EUA, Joe Biden, por expressar sua falta de surpresa com a morte de Prigozhin, acusando-o de ignorar normas diplomáticas.
Os investigadores russos abriram um inquérito sobre o acidente, mas ainda não disseram o que suspeitam que tenha causado a queda repentina do avião. As identidades dos 10 corpos recuperados também não foram oficialmente confirmadas.
Quando questionado sobre o futuro do Grupo Wagner, que possui contratos lucrativos na África e um contingente em Belarus treinando o exército, Peskov foi conciso: “Não posso dizer nada agora, eu não sei.”
Este evento deixa a Rússia e o mundo em observação aguardando mais informações e esclarecimentos, em um cenário já tenso de relações internacionais.
Com Reuters e agências.
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