Na primeira reunião com a nova gestão da subsidiária, Federação reforça a importância da valorização dos trabalhadores e do fortalecimento da empresa
Nesta quinta-feira, 24, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) se reuniu pela primeira vez com a nova gestão da Petrobrás Biocombustível (PBio), subsidiária da estatal, e discutiram sobre transição energética justa, valorização dos trabalhadores e fortalecimento da empresa. Cibele Vieira e Paulo Neves, diretores da FUP, enfatizaram a importância de uma transição justa e com responsabilidade social, com geração de emprego e renda para pequenos agricultores, catadores de resíduos orgânicos, entre outros setores, além do desenvolvimento do interior do país. Pontos que estão em linha com os anseios da nova direção da PBio.
“Reconhecemos que o combustível fóssil precisa ser superado, pela necessidade do planeta. Mas é fundamental que todos os trabalhadores e trabalhadoras sejam preparados para essa transição”, alertou Vieira.
Paulo Neves destacou a importância do sistema integrado, com o fortalecimento das subsidiárias. “Nós, da FUP, entendemos que todos os trabalhadores são iguais. Independente da subsidiária, todos somos petroleiros. Nossa luta é para que todos tenham os mesmos direitos dos funcionários da estatal, inclusive o mesmo acordo coletivo e a PLR”, disse.
A PBio tem uma grande importância no processo de descarbonização da produção da Petrobrás. Os biocombustíveis diminuem a dependência dos combustíveis fósseis, além de promover o desenvolvimento da agricultura local e a subsidiária já atua desde a sua fundação, em 2008, na transição energética.
Devido a isso, a Federação vem lutando contra a tentativa de privatização da PBio desde 2016 – política intensificada no último governo. “A tentativa de privatizar a empresa foi um verdadeiro ataque às políticas ambientais. Tirar a Petrobrás do setor de energias renováveis, abandonando o setor de biocombustível, impactaria diretamente na agricultura familiar”, lembra Neves. O dirigente enfatiza que o resultado financeiro da companhia não pode ser o principal foco, mas sim a tecnologia da energia limpa. “Faz parte do processo da transição justa o investimento em pesquisa e novas tecnologias. O resultado da PBio não pode ser avaliado única e exclusivamente por seu resultado financeiro”, concluiu.
Na mesma direção
O novo presidente da PBio, Danilo Siqueira Campos, comprometeu-se e defendeu a retomada do crescimento da subsidiária e da integração do Sistema, destacando como compromisso de sua gestão a valorização dos trabalhadores, a boa relação com os sindicatos e a transparência. Campos também destacou a importância das parcerias com pequenos produtores, catadores que trazem resíduos de óleos para reciclagem e pequenos frigoríficos, de onde compram sebo animal, para a produção do biodiesel.
Também estiveram presentes na reunião Flávio Tomiello, diretor administrativo e financeiro da PBio, e Gerson Castellano, assessor da presidência.