Alberto Fernández: “Ser parte dos BRICS nos fortalece”

O governante anunciou oficialmente a entrada argentina no bloco de emergentes e afirmou que o nosso país “é e será um país integracionista”. “Os Brics são para a Argentina uma nova oportunidade”, destacou. O grupo representa 24% do PIB global, 16% das exportações e 15% das importações mundiais de bens e serviços.

O presidente Alberto Fernández falou sobre a entrada da Argentina no grupo dos Brics e destacou que esse bloco representa 24% do PIB global. “Continuamos fortalecendo relações frutíferas, autônomas e diversas com outros países do mundo”, apontou.

“Vamos ser protagonistas de um destino comum em um bloco que representa mais de 40% da população mundial.”, destacou o governante em uma mensagem gravada da Quinta de Olivos e assegurou: “Nossa entrada nos Brics é um objetivo coerente com a nossa busca por projetar nosso país como um interlocutor chave e um potencial articulador de consensos em colaboração com outras nações”.

Fernández acrescentou que “Argentina foi, é e será um país integracionista. É política de Estado buscar a integração”. Além disso, destacou que “ser parte dos Brics nos fortalece e não exclui outras instâncias de integração, e menos ainda a orgulhosa pertença argentina ao sistema multilateral das Nações Unidas”.

“Queremos ser parte dos BRICS porque o difícil contexto global confere ao bloco uma relevância singular e o constitui em um referente geopolítico e financeiro importante, embora não o único, neste mundo em desenvolvimento”, insistiu.

“Iniciamos o processo de entrada nos BRICS com a convicção de que se tratava de uma plataforma política e econômica necessária diante de um mundo instável e desigual, onde os países com economias emergentes requeremos maiores níveis de integração”, descreveu Alberto Fernández.

“Uma nova oportunidade”

“Fazer parte dos Brics significa ser parte de um bloco que atualmente representa 24% do PIB global, 16% das exportações e 15% das importações mundiais de bens e serviços”, enumerou o Presidente.

“Nossa intenção surge de nossos interesses nacionais: aumentar a capacidade de nossa exportação aos países membros e fortalecer nossas oportunidades comerciais com países que mantêm relações de segundo grau com esses países membros dos Brics”, destacou.

Fernández assegurou que integrar o grupo de economias emergentes que integram Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul representa para o país “uma nova oportunidade”.

“Queremos aproveitá-la em benefício dos argentinos e das argentinas, e especialmente daqueles que mais precisam. É o coração de nossa política exterior, projeção para o mundo de um povo pacífico, amistoso, realista e digno”, expressou.

A questão Malvinas e os Brics

Em sua mensagem, o Presidente também lembrou que os países membros do bloco apoiam a Argentina na reivindicação de soberania pelas Ilhas Malvinas.

“Não é uma questão menor, tampouco, sublinhar que o reclamo argentino para resolver a disputa de soberania da Questão Malvinas tem neste fórum a países que acompanham uma resolução pacífica e negociada, tal como o dispuseram diversas resoluções da Assembleia Geral das Nações Unidas”, expressou Fernández.

A ampliação dos Brics

Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul integram este bloco econômico-comercial que compete com Estados Unidos e Europa. O encontro que se realizou nestes dias em Joanesburgo definiu, depois de longas discussões internas, a incorporação de novos países.

São 67 as nações que apresentaram sua solicitação de incorporação e o bloco acordou a entrada da Argentina junto a Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Irã.

Os novos membros entrarão em 1 de janeiro de 2024, disse o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, em coletiva de imprensa junto a líderes e representantes dos Brics durante uma cúpula na cidade de Joanesburgo. “Com esta cúpula, os BRICS iniciam um novo capítulo”, afirmou Ramaphosa.

O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, deu as boas-vindas aos novos membros no Twitter e dedicou “uma mensagem especial” ao presidente argentino, Alberto Fernández, ao qual qualificou de “grande amigo do Brasil e do mundo em desenvolvimento”.

Por sua parte, o presidente chinês, Xi Jinping, disse que as discussões desembocaram em uma “ampliação histórica” do grupo que augura um “futuro radiante para os países” que o integram.

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