Economistas preveem uma visão positiva para o mercado de trabalho até o final de 2023 e possivelmente em 2024. Lucas Assis, economista da Tendências, prevê que o desemprego possa recuar para 7,5% no final de 2023, com um viés de baixa, segundo entrevista ao Valor. Ele atribui a redução do desemprego à menor demanda por trabalho e ao aumento do PIB, particularmente na agropecuária.
O economista também destaca uma melhora qualitativa, com mais dinamismo no mercado formal. “Tem uma recomposição de quadros em setores que perderam postos na pandemia”, afirmou Assis ao Valor, citando construção e educação como exemplos.
Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, é otimista quanto à queda da taxa de desemprego, impulsionada por mais gastos governamentais e pelo boom da agropecuária. “Até entendo que a taxa de desemprego pode subir um pouco nesse terceiro trimestre, mas no fim do ano deve ‘dar um gás’ [melhorar] de novo e, no ano que vem, ser mais positivo”, diz Cruz, segundo entrevista ao mesmo jornal.
Mais cautelosas, a JGP e o BTG Pactual projetam taxas mais altas de desemprego, com Fernando Rocha, economista-chefe da JGP, sugerindo que taxas mais próximas de 7% não são impossíveis, mas exigiriam crescimentos maiores do PIB, em entrevista ao Valor.
A expectativa é que o mercado de trabalho comece a sentir o impacto máximo da política monetária apertada, mas a alta de dois dígitos não será atingida, de acordo com a visão da Tendências.
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