O vereador Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, recebeu ambas as doses da vacina contra a Covid-19, completando o esquema vacinal em outubro de 2021. Essa informação foi documentada em um certificado de vacinação que foi enviado por meio de uma máquina copiadora para o e-mail de um ex-ajudante de ordens da Presidência. O documento, obtido pelo jornal O GLOBO, foi emitido pelo Ministério da Saúde da Itália. Coincidindo com essa data, Carluxo estava acompanhando o pai em uma viagem oficial a Roma. Conforme consta no certificado de vacinação, o vereador tomou a vacina da Pfizer Biontech.
Diferentemente de seus irmãos, Eduardo e Flávio Bolsonaro, que tornaram público o fato de terem se vacinado, Carlos manteve silêncio sobre o assunto em público, exceto por críticas à obrigatoriedade da vacina. Durante o exercício de seu mandato como vereador, Carlos chegou a apresentar um projeto de lei visando abolir o “passaporte da vacina” na cidade do Rio de Janeiro. Contudo, essa proposta foi posteriormente rejeitada.
Em janeiro de 2021, Carlos Bolsonaro utilizou suas redes sociais para desmentir uma notícia a seu respeito, alegando que ele teria furado a fila para receber a vacina. Ele escreveu: “A escória não vive sem mentir e manipular! Não tomei vacina alguma!”. ‘Carluxo’ ainda fez menção a um medicamento não comprovado contra o coronavírus, afirmando: “Invermectina quando e se um dia necessário para o tratamento adequado”.
Embora os filhos do ex-presidente e sua esposa, Michelle Bolsonaro, tenham sido imunizados durante a pandemia, o ex-presidente da República diz não ter se vacinado. O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ‘capitão’, encontra-se sob investigação da Polícia Federal por supostamente inserir informações falsas nos cartões de vacinação de Bolsonaro e seus familiares. A suspeita é de que Cid e sua esposa não tenham de fato recebido a vacina e tenham falsificado os registros para facilitar uma viagem aos Estados Unidos no final do ano anterior.
Uma grande polêmica foi a vacinação de Laura Bolsonaro, filha caçula de Jair e Michele. No mês de dezembro de 2021, Bolsonaro afirmou que sua filha, Laura, com 11 anos naquele período, não receberia a vacinação contra a Covid-19, apesar de o imunizante ter sido autorizado pela Anvisa para ser administrado em crianças. Além disso, a vacinação para crianças é obrigatório pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA – Lei 8.069, de 1990).