No DONI semanal são computadas todas as manchetes, chamadas, artigos de opinião, colunas e editoriais que citaram o Governo Federal, o presidente, ou algum personagem ou Instituição do Governo Federal, nas capas e páginas 2 e 3 dos jornais Folha de S. Paulo, O Globo e Estado de S. Paulo. Esta semana foram analisados 92 textos.
Gráfico 4. Enquadramentos mais presentes na cobertura do Governo Federal
Três grandes temas se destacam: o primeiro gira em torno do Apagão, o segundo aborda a fala de Haddad sobre a Câmara e o terceiro discute o PAC. Os artigos relacionados ao apagão focaram em dois enquadramentos principais. O primeiro é mais descritivo, tratando da causa da sobrecarga e da investigação da PF sobre uma possível sabotagem, que os jornais posteriormente descartaram. O segundo enquadramento critica o Governo Federal, principalmente o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e a primeira-dama Janja, além do PT, representado por sua presidente Gleisi Hoffmann, por politizar repetidamente o apagão e retomar o debate sobre a privatização da Eletrobrás. Os jornais rejeitaram essas abordagens, afirmando que tais discussões não beneficiam o país e que o próprio governo pode enfrentar problemas no Congresso ao criticar uma medida aprovada por ele.
Quanto à fala de Fernando Haddad, o enquadramento principal se concentrou no possível prejuízo que o ministro da Economia poderia causar ao governo com suas críticas ao presidente da Câmara. O tom dos jornais é de aconselhamento do ministro. Esse ponto é reforçado pelo segundo enquadramento, no qual os jornais declaram concordar com a análise de Haddad sobre Arthur Lira e seu poder na Câmara. No entanto, apontam que o momento da fala foi inadequado e poderia prejudicar a tramitação das propostas do governo na Câmara.
Por fim, no que diz respeito ao PAC e ao Governo Federal, os jornais criticaram a decisão de reviver um projeto dos governos Lula 1 e 2. Argumentam que essa medida demonstra que o Governo está governando com base no retrovisor, não apenas com projetos do passado, mas também com percepções ultrapassadas, como a visão de que o gasto público impulsiona o crescimento econômico.
Para acessar nosso relatório na íntegra, clique aqui.
Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!