Atual presidente do novo banco de desenvolvimento, conhecido como “banco dos BRICS”, Dilma Rousseff aproveitou uma entrevista de alto nível, concedida a emissora chinesa CGTN, para fazer mais uma crítica sobre o domínio do dólar nas transações internacionais.
Sobre isso, Dilma declarou que os Estados Unidos têm um privilégio considerado “absurdo”, já que as moedas dos países em desenvolvimento, especialmente do Sul Global, não são conversíveis, gerando um círculo vicioso de problemas macroeconômicos.
“Nosso grande problema é que as moedas do Sul Global não são conversíveis. O que acontece quando estabelecemos uma relação entre os países da nossa região? Temos de ter dólares”, disse Dilma.
“O dólar passa a ser uma referência obrigatória em qualquer relação que tenhamos, seja comercial, financeira, compra de serviços. Num país é necessário acesso a essa moeda, por isso que há reservas”, explicou.
“Houve um momento na história que um grande político francês chamou essa questão da hegemonia do dólar, essa eterna ligação para que se faça contratos com o dólar, de ‘privilégio absurdo'”, lembrou.
Por fim, Dilma lembrou que sua gestão à frente do Banco dos BRICS deve levantar capital em moedas locais. Com isso, segundo ela, vai “auxiliando esses países que integram o NDB a ter um mercado de capitais mais profundo e atuante, contribuindo para um melhor desempenho da economia global”.
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