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“Eles vieram pro tudo ou nada”

Mensagens recuperadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) mostram diálogos preocupantes entre membros do comando da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF). Nas conversas, surgem indícios de discussões sobre alternativas golpistas, disseminação de notícias falsas relacionadas às eleições e planos para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder. A PGR acusou sete oficiais, em sua maioria […]

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Golpistas invadem o Palácio do Planalto em 8 de janeiro. Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Mensagens recuperadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) mostram diálogos preocupantes entre membros do comando da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF). Nas conversas, surgem indícios de discussões sobre alternativas golpistas, disseminação de notícias falsas relacionadas às eleições e planos para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.

A PGR acusou sete oficiais, em sua maioria coronéis, de envolvimento em crimes como omissão, tentativa de golpe de Estado e ações violentas contra o Estado Democrático de Direito, por supostamente instigarem uma revolta contra o resultado das eleições. Entre os denunciados estão Coronel Fábio Augusto Vieira, Coronel Klepter Rosa Gonçalves, Coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, Coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra, Coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, Major Flávio Silvestre de Alencar e Tenente Rafael Pereira Martins.

Dentro das mensagens, são discutidas questões como voto impresso, intervenção militar para anular o resultado eleitoral e apoio das Forças Armadas a Bolsonaro. Elas também contêm críticas ao Supremo Tribunal Federal e divulgação de teorias conspiratórias acerca de fraudes nas urnas.

Em uma das mensagens, o coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues compartilha uma foto de Bolsonaro com a legenda: “a cara de quem tem as cartas na manga”.

Ao final de dezembro, em meio aos protestos bolsonaristas que aconteciam em frente ao Quartel General do Exército em Brasília, o major Flávio Silvestre de Alencar sugere: “Na primeira manifestação, é só deixar invadir o Congresso.”

Foi identificado pela PGR que agentes do setor de inteligência da PM-DF estiveram infiltrados entre os manifestantes. A acusação sustenta que não foi uma simples falha operacional, mas uma omissão intencional por parte dos oficiais, que supostamente concordaram com os objetivos dos manifestantes.

Na véspera dos ataques aos prédios governamentais, o coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra mencionou que os extremistas estavam prontos para uma “guerra” e partiriam para o “tudo ou nada”. Em resposta, o coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues assegura: “Vai dar certo”.

Mensagens recuperadas pela Procuradoria-Geral da República apontam que havia agentes do setor de inteligência da PM do DF infiltrados no acampamento. Foto: Reprodução

Depois da posse de Lula, mensagens entre os policiais revelam críticas às Forças Armadas por não terem se unido a um golpe de Estado. Eles se referiam aos militares do Exército Brasileiro como “melancias”, implicando que, apesar de suas aparências (a casca verde), eram internamente alinhados com ideologias de esquerda.

Clique aqui para baixar a íntegra da denúncia da PGR.

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