O corpo da médica Thallita da Cruz Fernandes, de 28 anos, foi encontrado dentro de uma mala em seu apartamento em São José do Rio Preto (SP) na tarde de sexta-feira (18/8). Davi Izaque Martins Silva, seu namorado, é considerado o principal suspeito do crime.
O feminicídio ocorreu em um condomínio localizado na Rua Coronel Spínola de Castro, no bairro nobre Vila Imperial. O caso está sendo investigado pelo setor de homicídios da Polícia Civil.
Conforme o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada por volta das 16h15 por uma amiga da vítima para atender a um chamado relacionado a uma “desinteligência de casal”. Ao chegarem ao local, encontraram a porta do apartamento trancada. Depois de acessarem o imóvel com a ajuda de um chaveiro, os policiais identificaram marcas de sangue no banheiro e no quarto, que também estava trancado. O corpo de Thallita estava na área de serviço, dentro de uma mala. Ela apresentava feridas no rosto, possivelmente causadas por uma faca.
Davi Izaque Martins Silva já havia deixado o local quando a polícia chegou e, até o momento, não foi encontrado.
Familiares e amigos de Thallita tentaram se comunicar com ela desde o dia anterior, sem sucesso. Preocupada após tentativas de contato via WhatsApp e percebendo algo estranho na situação, uma amiga resolveu chamar a polícia. Thalitta havia respondido que estava ocupada no trabalho, mas a amiga sabia que a médica estava de folga. Testemunhas relataram que, após uma discussão na madrugada anterior ao crime, o namorado da vítima pediu um carro por aplicativo e deixou o prédio no dia em que o corpo foi encontrado.
Thalitta, originalmente de Guaratinguetá, mudou-se para São José do Rio Preto para cursar Medicina na Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp), onde se formou em novembro de 2021. Em uma declaração emocionante na época de sua formatura, ela disse: “Hoje, concretizo meu sonho de infância. Foram quatro anos de cursinho, seis de faculdade e, se eu pudesse voltar no tempo, faria tudo de novo.”
A Famerp emitiu uma nota de pesar lamentando a trágica morte de Thallita, destacando seu brilhante futuro e o impacto de sua partida prematura. Thallita trabalhava como plantonista em um pronto-socorro no município de Bady Bassitt, próximo a São José do Rio Preto.