Desafios ambientais e potencial bilionário em reservas e investimentos
A Margem Equatorial, frequentemente chamada de novo pré-sal brasileiro, é uma região estratégica que vai da Guiana ao Rio Grande do Norte no Brasil. A Guiana, ao descobrir petróleo nessa área em 2015 através da ExxonMobil, confirmou reservas que totalizam 11 bilhões de barris, aproximadamente 75% da reserva total de petróleo do Brasil, estimada em 14,8 bilhões de barris.
Embora o Brasil tenha concedido 42 blocos de exploração nessa região, ambos os países enfrentam desafios de licenciamento ambiental. Suriname, outro país explorador, comprovou potencial de 4 bilhões de barris desde sua primeira descoberta em 2020.
Em relação à produção, enquanto a Guiana já extrai 375 mil barris de óleo equivalente por dia (com planos da ExxonMobil de chegar a 1,2 milhão até 2027), o Suriname espera iniciar suas operações em 2025.
No Brasil, a Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural (ANP) concedeu 42 blocos na região, com estimativas de potencial de até 40 bilhões de barris de petróleo e 200 trilhões de pés cúbicos de gás natural. Dessas concessões, 11 blocos estão previstos para receber investimentos de R$ 11 bilhões nos próximos cinco anos. A Petrobras, que perfurou o último poço em 2015, planeja US$ 6 bilhões em investimentos de exploração até 2026, sendo 49% destinados à Margem Equatorial. Contudo, esses investimentos dependem de licenças ambientais.
Em uma situação específica, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou licença para a Petrobras no bloco FZA-M-59 na Bacia da Foz do Amazonas, que está 500 km distante da foz real do rio Amazonas.
Além da Petrobras, outras 13 companhias operam na Margem Equatorial brasileira, incluindo a britânica Shell e as brasileiras Enauta e Prio (PetroRio).
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