Enquanto Jair Bolsonaro afunda no escândalo das joias e com vários de seus comparsas presos, o presidente Lula cresce em popularidade em decorrência da sua política “ativa e altiva” – com a retomada dos programas sociais, as medidas para destravar a economia, o protagonismo internacional do Brasil, entre outros avanços. A quarta rodada de pesquisa da Genial/Quaest deste ano mostra que o seu governo tem agora a aprovação de 60% dos eleitores – uma alta de nove pontos na comparação com a sondagem de abril passado.
Conforme enfatiza Felipe Nunes, diretor da Quaest, “o crescimento da aprovação do presidente alcança até mesmo setores reconhecidamente antipetistas. Na região Sul, onde Lula e o PT são derrotados desde 2006, a aprovação subiu 11 pontos percentuais em relação a junho (48% para 59%)”. Já no eleitorado evangélico, que votou em peso no “capetão” em 2022, pela primeira vez na série da Quaest a aprovação do governo petista é maior do que a desaprovação (50% a 46%). Até entre os mais ricos, a avaliação positiva também cresceu.
A pesquisa confirma uma mudança paulatina de opinião do eleitorado do ex-presidente fascista e corrupto. “Batizados de ‘Lulanaro’, os eleitores que votaram em Jair Bolsonaro, mas aprovam o governo do PT, agora somam 25% – no segundo mês consecutivo de crescimento da aprovação do governo no segmento (aprovação era 22% em junho/23 e 14% em abril/23)”, destaca Felipe Nunes. Para o sociólogo e pesquisador, há duas razões principais para essa mudança de comportamento e a melhora no desempenho do atual governo.
Aprovação decorre da economia
“A primeira é econômica. A avaliação retrospectiva negativa sobre a economia caiu nos últimos dois meses (de 26% para 23%), enquanto subiu a avaliação positiva (de 32% par 34%). O principal motor dessa avaliação positiva é a perceptível queda no preço dos alimentos, que ficou mais evidente entre junho e agosto. Se 28% diziam que o preço dos alimentos tinha caído em junho, agora em agosto esse patamar chegou a 36%. Quando olha pra frente, o otimismo sobre a economia também cresceu. Passou de 56% para 59% os brasileiros que acreditam que a economia vai melhorar nos próximos 12 meses”.
A segunda razão são as chamadas “entregas” do presidente Lula, o atendimento dos anseios populares. “O outro fator que contribuiu para o crescimento do governo foi a alta aprovação que o plano Safra e o Desenrola, anunciados neste intervalo entre as pesquisas, receberam. Programas que começam a agradar o eleitorado que não necessariamente votou em Lula em 2022. A pesquisa revela que 39% dos eleitores acreditam que Lula é bem intencionado e cumpre o que prometeu, enquanto 37% acham que ele não tem boa intenção”.
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