O ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Jorge Eduardo Naime, é suspeito de ter transportado R$ 1 milhão de São Paulo a Brasília sob escolta da PMDF, conforme investigações da Procuradoria-Geral da República (PGR). A informação é da coluna de Guilherme Amado, do site Metrópoles. O dinheiro destinava-se a Sérgio Assis, sócio de Mariana Naime, esposa do ex-comandante, na empresa Monumental Serviços de Segurança Patrimonial Ltda. Esta empresa, de acordo com os registros da Receita Federal, oferece serviços de vigilância e segurança privada.
Em um contexto mais amplo, as investigações sobre a omissão da cúpula da PMDF nos eventos terroristas ocorridos em 8 de janeiro encontraram relações econômicas suspeitas envolvendo Naime, indicando possível envolvimento em outras atividades ilegais.
Sérgio Assis, além de ser sócio da esposa de Naime na empresa de segurança, também está vinculado à Pico Serviços de Comunicação e Representação Comercial Ltda. Em fevereiro de 2022, um contrato de R$ 8.900 foi assinado com esta empresa pelo ex-comandante de Operações, e desde então, Assis teria transferido R$ 8.000 mensalmente para a conta de Naime. A PGR aponta que, deste montante, R$ 8.000 retornavam ao ex-comandante e apenas R$ 900 eram retidos por Sérgio Assis.
Ao ser questionada, Mariana Naime expressou que Sérgio Assis é um amigo pessoal do casal e que eles decidiram fundar a empresa juntos em 2022 após sua exoneração a pedido do Ministério da Justiça. Ela declarou que a empresa possui contratos para fornecer segurança privada em condomínios de Brasília e que é responsável pela administração da empresa, que tem sede na capital federal.
Sobre as acusações de desvio de recursos da Associação dos Oficiais da PMDF, a entidade refutou as alegações, afirmando que Naime é vítima de “perseguição”.