Bomba! Os comprovantes do pagamento ao hacker

Bolsonarista Carla Zambelli posa ao lado de Delgatti. Foto: Reprodução/Twitter/@CarlaZambelli38

Os comprovantes revelam pagamentos da equipe de Zambelli ao hacker Delgatti

A principal evidência que a Polícia Federal (PF) usou para justificar sua busca e apreensão contra a deputada federal Carla Zambelli foi um extrato bancário do banco digital Cora, adquirido pelo jornal Metrópoles. Este documento fortaleceu a credibilidade das afirmações do programador e hacker Walter Delgatti, que detalhou um suposto esquema conspiratório envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O extrato, entregue à PF por Delgatti, mostra quatro transações Pix de indivíduos associados à Carla Zambelli. Estas transações estão ligadas a um suposto plano para invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para desacreditar as eleições brasileiras e o judiciário, visando emitir um mandado de prisão contra o então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

As investigações indicam que Delgatti recebeu, pelo menos, R$ 13,5 mil antes e depois da suposta invasão do CNJ, pagos por intermediários próximos à deputada. Delgatti afirmou que foi “remunerado para estar à disposição” de Zambelli.

A PF relata que três dos pagamentos vieram de Renan Goulart, um funcionário da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), que trabalha como assistente parlamentar para o deputado estadual Bruno Zambelli, irmão de Carla. Goulart já ocupou um cargo no gabinete de Zambelli, e foi sucedido por Jean Hernani Vilela, que fez um pagamento de R$ 3 mil. Delgatti também mencionou recebimentos em dinheiro.

Além do extrato, os documentos da PF incluem várias reportagens jornalísticas e o depoimento de Delgatti. Baseado nesse material, e com a aprovação da Procuradoria-Geral da República (PGR), o ministro Alexandre de Moraes emitiu mandados de busca e apreensão e ordenou a quebra do sigilo bancário dos envolvidos.

Na sexta-feira anterior (18/8), Delgatti deu outro depoimento à PF. Esse comparecimento ocorreu após um depoimento controverso dado por ele à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) sobre atos conspiratórios. Durante esta sessão, Delgatti fez várias alegações, incluindo alegações de conversas com as Forças Armadas sobre a legitimidade das eleições, uma promessa de Bolsonaro de indulto em caso de complicações legais e uma suposta escuta contra o ministro Alexandre de Moraes.

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