Dois dias antes das eleições, o atual comandante da PM-DF, Klepter Rosa Gonçalves, preso nesta sexta (18/8), compartilhou áudios com o ex-comandante da PM; a PGR teve acesso à trocas de mensagens:
“Na hora que der o resultado das eleições que o Lula ganhou, vai ser colocado em prática o art. 142, viu? Vai ser restabelecida a ordem, se afasta Xandão, se afasta esses vagabundo tudinho e ladrão, safado, dessa quadrilha… Aí vocês vão ver o que é por ordem no país. Não admito que o Brasil vai deixar um vagabundo, marginal, criminoso e bandido, como o Lula, voltar ao poder”.
Outro ponto ainda mais intrigante o áudio afirma que tanto o Exército como Bolsonaro estariam preparando um golpe de estado:
“Rapaz, vocês tem que entender o seguinte: o Bolsonaro, ele está preparado com o Exército, com as Forças Especi… As Forças Armadas, aí, para fazer a mesma coisa que aconteceu em 64. O povo vai pras rua, que ninguém vai aceitar o Lula ser… Ganhar a Presidência, porque não tem sentido, o povo vai pedir a intervenção e, aí, meu amigo, eles vão nos livrar do comunismo novamente”.
A partir desses fatos, pode-se concluir facilmente que o colapso da administração de inteligência e segurança pública na Esplanada em 8 de janeiro não foi um evento aleatório, mas sim uma ação planejada e coordenada por membros das forças de segurança do Distrito Federal, que foram influenciados por teorias conspiratórias e golpistas. Isso possibilitou a ocorrência de atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes, com o objetivo de criar um ambiente propício para a implementação de uma GLO e, consequentemente, um golpe militar.