Entre os dias 29 de setembro e 9 de outubro, participantes e assistidos da Fundação Petrobrás de Seguridade Social (Petros) estarão elegendo seus representantes nos conselhos Deliberativo e Fiscal. O Conselho Deliberativo, órgão máximo da Petros, é responsável pela aprovação da política geral de administração da Fundação e de seus planos.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) se uniram no pleito, em defesa das aposentadorias, com a chapa “Unidos pelo Futuro da Petros”.
A Petros, o segundo maior fundo de pensão do país, vem sofrendo diversos problemas estruturais e de gestão, entre eles a dificuldade de trabalhadores aposentados e pensionistas para terem acesso à aposentadoria.
Uma das medidas que afeta diretamente a garantia desse direito são os Programas de Equacionamento de Déficit (PEDs), implementados nos anos de 2015, 2018 e 2021. Os PEDs são planos de ação realizados pela Petrobrás para equilibrar as finanças do fundo de pensão. Entretanto, esses programas podem vir a reduzir benefícios e prejudicar o pagamento de aposentadorias.
Atualmente, a gestão da Petros é formada apenas por indicação. Mas a categoria petroleira defende mudanças na gestão e reivindica que 50% da diretoria da Fundação seja eleita pelos trabalhadores. Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP, explica que desde 2016 existe um movimento da categoria neste sentido. “A categoria petroleira precisa ter gestão sobre o que é feito no fundo de pensão”, destaca.
Em maio deste ano, FUP e FNP se uniram em um grande ato no Edisen ( edifício da Petrobrás, no centro do Rio), junto a associações representantes da categoria, com o intuito de pressionar a direção da estatal a solucionar o problema e a mudar a gestão da Fundação. “O objetivo principal é cobrar da Petrobrás, patrocinadora da Petros, que ela pague sua dívida com seus empregados. Nesse novo governo, nessa nova gestão, acreditamos que seja possível um diálogo”, afirma Bacelar, lembrando que no dia 23 de agosto, a partir das 11h, haverá nova manifestação no Edisen.
Bacelar também enfatizou a urgência de mudar os conselhos Deliberativo e Fiscal da Fundação, na eleição que ocorrerá em setembro. “Esse ato, no dia 23, dará um pontapé inicial para essa grande luta em defesa da Petros e contra os equacionamentos”, finaliza.
A chapa “Unidos pelo Futuro da Petros” tem apoio das duas federações, além de diversas entidades representativas da categoria petroleira. Estão em disputa duas vagas para o Conselho Deliberativo e uma vaga para o Conselho Fiscal. No Conselho Deliberativo, uma vaga deve ser obrigatoriamente preenchida por um assistido e a outra vaga pode ser de um participante da ativa ou assistido. Já no Conselho Fiscal, a única vaga é obrigatoriamente para candidatos assistidos.
A votação será realizada entre os dias 29 de setembro e 9 de outubro, pela internet ou telefone, de acordo com o site da Petros. Confira os nomes e números de cada chapa.
CONSELHO DELIBERATIVO
Cada participante só poderá votar em uma chapa para o Conselho Deliberativo
Chapa 65 – Radiovaldo Costa (Sindipetro-BA) e Getúlio da Cruz (Astape-BA) – candidatos assistidos
Chapa 66 – Vinícius Camargo (Sindipetro-RJ) e Rafael Prado (Sindipetro-SJC) – candidatos da ativa
CONSELHO FISCAL
Chapa 51 – Silvio Sinedino (Sindipetro-RJ/AEPET) e João Antonio de Moraes (Sindipetro-SP) – candidatos assistidos