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Sarkozy defende solução diplomática: “Europa precisa dos russos e eles precisam de nós”

Sarkozy afirma que a Europa “precisa” da Rússia e critica a política da Europa em relação à Ucrânia O ex-presidente francês se distancia da atual estratégia da Ucrânia adotada por Emmanuel Macron. Por Clea Caulcutt, no Politico PARIS — O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy afirma que “diplomacia, discussões e conversas” são “os únicos meios” de […]

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Sarkozy afirma que a Europa “precisa” da Rússia e critica a política da Europa em relação à Ucrânia
O ex-presidente francês se distancia da atual estratégia da Ucrânia adotada por Emmanuel Macron.

Por Clea Caulcutt, no Politico

PARIS — O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy afirma que “diplomacia, discussões e conversas” são “os únicos meios” de resolver a guerra da Rússia contra a Ucrânia.

Em uma entrevista publicada no jornal francês Le Figaro na quarta-feira (16 de agosto de 2023), Sarkozy argumentou que a Europa precisa “clarificar sua estratégia” e buscar um compromisso com a Rússia, em vez de seguir sua “estranha ideia” de financiar uma guerra sem travá-la.

“Sem compromisso, nada será possível e corremos o risco de a situação degenerar a qualquer momento. Esse barril de pólvora pode ter consequências terríveis”, disse ele.

Sarkozy condenou a decisão de Vladimir Putin de invadir a Ucrânia como “grave” e “um fracasso”, mas insistiu que a Rússia era “vizinha da Europa”. E, apesar dos mal-entendidos em sua história compartilhada, “precisamos deles e eles precisam de nós”, acrescentou.

Na sua entrevista, Sarkozy ecoou visões que já foram comuns nos círculos diplomáticos na França, onde se enfatizava a longa história que une França e Rússia. No entanto, tais visões perderam popularidade desde o início da invasão, com vozes mais agressivas ganhando influência na França.

O próprio presidente francês, Emmanuel Macron, até pouco antes da guerra, desconsiderou os avisos de que Putin queria invadir a Ucrânia e teve longas conversas com o presidente russo nas primeiras semanas da invasão para convencê-lo a recuar. Desde então, adotou uma postura mais rígida em relação à Rússia e prometeu apoiar a Ucrânia até a vitória.

Sarkozy se distanciou da posição de Macron sobre a Ucrânia, afirmando que a “intuição inicial de Macron estava correta”, mas ele não deu seguimento, em parte “devido à pressão dos europeus orientais”.

Líderes da Europa Oriental foram particularmente críticos às aberturas de Macron a Moscou. Em maio do ano passado, o primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, criticou a decisão de Macron de manter canais abertos com Putin e comparou suas tentativas de negociação às de Hitler.

Sarkozy também descartou a tentativa de adesão da Ucrânia à UE e a comparou com a tentativa fracassada da Turquia de se juntar à união. “Estamos vendendo promessas falsas que não serão cumpridas”, disse ele. Ele também expressou dúvidas sobre se a Ucrânia deveria tentar reconquistar a Crimeia.

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