Programador acusa Bolsonaro de planejar fraudar eleições e grampear presidente do TSE

Delgatti (esq), ouvido pela CPMI, faz revelações "bombásticas", de acordo com a relatora, Eliziane Gama (dir) Geraldo Magela/ Agência Senado

Em declaração à CPI do 8 de janeiro, o programador Walter Delgatti Neto, mais conhecido por suas atividades de hacking na Vaza Jato, acusou a campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro de tentar simular a invasão de uma urna eletrônica durante as celebrações do 7 de Setembro de 2022.

Delgatti também mencionou que Bolsonaro o teria solicitado a assumir a responsabilidade de um grampo nas conversas de Alexandre de Moraes, ministro do STF. Este pedido teria sido intermediado pela deputada federal Carla Zambelli. Contudo, Delgatti não forneceu evidências que respaldassem suas alegações à CPI.

O ex-presidente Jair Bolsonaro, que recentemente foi condenado pelo TSE por desinformação relacionada ao sistema eleitoral, refutou as acusações, afirmando que eram “fantasias”.

Segundo Delgatti, Bolsonaro teria oferecido perdão presidencial por condenações judiciais como recompensa por seus serviços. Em defesa, Bolsonaro disse que só encontrou Delgatti uma vez e que nunca falou com ele por telefone.

Delgatti alegou ainda que foi solicitado a utilizar um “código-fonte fake” para demonstrar a vulnerabilidade da urna eletrônica. Ele descreveu uma reunião no Palácio da Alvorada em 10 de agosto, onde apresentou o plano a Bolsonaro.

A CPI continua suas investigações, e a senadora Eliziane Gama considerou o depoimento de Delgatti forte o suficiente para sugerir o indiciamento de Bolsonaro.

Por outro lado, Fábio Wajngarten, um dos advogados de Bolsonaro, e o advogado de Zambelli, Daniel Bialski, negaram as acusações e criticaram a falta de consistência nas declarações de Delgatti.

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