O escandalo das joias envolvendo diretamente o tenente-coronel Mauro Cid e as evidências cada vez mais fortes da participação de Jair Bolsonaro no esquema criminoso têm causado estrago nos grupos da extrema-direita no Telegram.
Segundo reportagem da Folha, apesar do temor da prisão de Bolsonaro, os extremistas continuam alimentando teorias da conspiração como a de que as investigações estão sendo usadas para fazer uma perseguição política contra o “mito” e que o ex-capitão também é vítima de um plano maligno arquitetado pelo presidente Lula e pelo ministro da Justiça, Flávio Dino.
A análise desses grupos foi feita pelo Laboratório de Humanidades Digitais da Universidade Federal da Bahia (LABHDUFBA) em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O estudo revela que os termos mais usados entre os extremistas são: “joias”, “jóias”, “joias sauditas”, “colar”, “brincos”, “anel” e “relógio”. As mensagens foram distribuídas em 41 canais e 50 supergrupos com mais de 200 usuários, entre os dias 10 a 15 de agosto.
Além disso, a prisão de Bolsonaro já é dado como certa nesses grupos.
Tanto é que em uma comunidade com quase 10 mil usuários, um texto ordena que os extremistas fiquem a postos diante da prisão de Bolsonaro e finaliza com “vamos acabar com o Brasil”. Um dos participantes do grupo alerta sobre as prisões que ocorreram após o 8 de janeiro e que é preciso ter cuidado com mensagens que “botam a pilha no povo”.
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