O hacker de Araraquara (SP), Walter Delgatti Neto, revelou durante seu depoimento a CPMI do 8 de janeiro que o marqueteiro da campanha de Bolsonaro, Duda Lima, lhe pediu para que fosse criado um código fake para urna eletrônica com o objetivo de enganar o povo brasileiro sobre as eleições. De acordo com Delgatti, o plano golpista teve o aval do então presidente Bolsonaro.
O hacker também disse que o plano era fazer uma apresentação no 7 de setembro mostrando que seria possível inserir um voto na urna eletrônica e o equipamento contabilizar uma informação diferente.
“O Duda inicialmente disse que o ideal seria eu fazer uma reunião com a esquerda e de forma espontânea falar das urnas, falar da fragilidade das urnas. Não ocorreu porque o meu encontro saiu na mídia e eles cancelaram isso”, disse.
“A segunda ideia era no dia 7 de setembro eles pegarem uma urna emprestada da OAB e que eu colocasse um aplicativo meu lá e mostrasse à população que é possível apertar um voto e sair outro. O código-fonte da urna, eu faria o meu, só mostrando, a população vendo que é possível apertar um voto e imprimir outro”, detalha.
“O código-fonte é o código em si, aberto, tem diversos arquivos. E compilados eles viram apenas um, que é o que estava nas urnas. E quem tem acesso ao código-fonte antes de compila-lo consegue inserir linhas que façam com que seja apertado um voto e o resultado seja outro. Eles queriam que eu fizesse um código fonte meu, não o do TSE, e nesse código-fonte eu inserisse essas linhas, que chamam de código malicioso, porque ele tem como finalidade enganar, colocar dúvidas na eleição”, completa.
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