Ainda durante seu depoimento na CPMI do 8 de janeiro, o hacker Walter Delgatti Neto disse que o então presidente Jair Bolsonaro lhe prometeu um indulto caso ocorresse a sua prisão por fraudar as eleições presidenciais.
“A ideia era que eu receberia um indulto do presidente. Ele havia concedido um indulto ao deputado federal [Daniel Silveira] e como eu estava com [inaudível] da Spoofing da época, e com as cautelares que me proibiram de acessar a internet e trabalhar, eu visava a esse indulto que foi oferecido no dia”, declarou.
Antes disso, Delgatti revelou que o marqueteiro da campanha de Bolsonaro, Duda Lima, lhe pediu para que fosse criado um código fake para urna eletrônica com o objetivo de enganar o povo brasileiro sobre as eleições. De acordo com Delgatti, o plano golpista teve o aval do então presidente Bolsonaro.
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O hacker também disse que o plano era fazer uma apresentação no 7 de setembro mostrando que seria possível inserir um voto na urna eletrônica e o equipamento contabilizar uma informação diferente.
“O Duda inicialmente disse que o ideal seria eu fazer uma reunião com a esquerda e de forma espontânea falar das urnas, falar da fragilidade das urnas. Não ocorreu porque o meu encontro saiu na mídia e eles cancelaram isso”, disse.
“A segunda ideia era no dia 7 de setembro eles pegarem uma urna emprestada da OAB e que eu colocasse um aplicativo meu lá e mostrasse à população que é possível apertar um voto e sair outro. O código-fonte da urna, eu faria o meu, só mostrando, a população vendo que é possível apertar um voto e imprimir outro”, detalha.
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