Introduzida em fevereiro, a vacina bivalente contra a Covid-19 viu uma receptividade baixa entre os cidadãos brasileiros. Até agora, apenas 15,4% dos adultos tomaram este imunizante, projetado para proteger contra a cepa original e a predominante variante ômicron. Regionalmente, São Paulo está à frente com 20,9% de sua população vacinada, enquanto Roraima apresenta o menor percentual, com 5,4%.
Desde o início da campanha de imunização nacional, muitas abordagens foram adotadas, mas ampliar a cobertura vacinal no país ainda é um obstáculo. Estas ações visam atender especificidades regionais e confrontar a desinformação que se propagou durante a crise sanitária.
Em entrevista a VEJA, Eder Gatti, que lidera o Departamento de Imunização e Doenças Imunopreveníveis do Ministério da Saúde, ressaltou a importância de se imunizar não só contra a Covid-19, mas também contra doenças como sarampo e poliomielite. Gatti comentou: “O ciclo de desinformação continua, e a vacina bivalente tem sido amplamente afetada.”
A diminuição da demanda pelas doses era algo antecipado, dada a contenção do avanço do vírus. Contudo, essa tendência pode colocar em risco grupos mais susceptíveis. Adriana Ribeiro, diretora médica da Pfizer Brasil, pontuou: “A vacinação em grande escala foi essencial para superar as fases mais alarmantes da pandemia.”
Gatti salientou que todas as vacinas distribuídas no Brasil passaram por um escrutínio criterioso da Anvisa e acrescentou: “Adotar uma abordagem pró-ciência e colaborar com organizações civis é fundamental.”
Em resposta ao declínio na taxa de vacinação desde 2016, estão sendo planejadas novas abordagens. “Estamos reforçando a vacinação regular e lançando o microplanejamento, adaptando a vacinação ao contexto local”, disse o diretor. Dentro dessa estratégia, times do Ministério da Saúde conduzem workshops e ações de multivacinação.
A meta é assegurar a bem-estar da comunidade e prepará-la para enfrentar futuras ameaças de saúde, sejam elas surtos, epidemias ou pandemias.
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