Após decorridos sete meses e meio de mandato, a administração do presidente Lula (PT) alcança um índice de aprovação de 42%, em contraste com uma taxa de reprovação de 24%. Além disso, 29% dos entrevistados avaliam o governo como regular, enquanto 5% optam por não responder ou não têm opinião formada sobre o assunto.
Esses dados emergem de uma pesquisa da Quaest, tornada pública nesta quarta-feira (16). Durante o período de 10 a 14 de agosto, o instituto conduziu entrevistas presenciais com 2.029 indivíduos de 16 anos ou mais. A margem de erro estimada para o levantamento é de 2,2 pontos percentuais, considerando variações para mais ou para menos.
Os resultados assinalam uma notória elevação da popularidade do governo Lula, visto que, em junho, a avaliação positiva havia sido de 37%, enquanto a negativa atingira 27%. Nesse contexto, 32% classificaram a administração petista como regular, e 4% não manifestaram opinião naquela ocasião.
Estes resultados que agora emergem um padrão de estabilidade percebido nas últimas medições da empresa de pesquisa e consultoria.
No mês de abril, a administração do presidente havia registrado 36% de aprovação e 29% de reprovação, havendo oscilado um ponto positivamente entre os que tinham uma perspectiva positiva em junho, e dois pontos negativamente entre os que avaliaram negativamente.
No presente mês, os números tiveram uma oscilação positiva em todas as regiões do Brasil, exceto nas regiões Centro-Oeste e Norte, as quais foram agrupadas em uma única categoria pela Quaest.
Nessas duas regiões, o índice de avaliação positiva declinou de 35% para 32%, enquanto a taxa de rejeição diminuiu de 30% para 28%, e os que consideraram a gestão regular somaram 31%, representando um ponto percentual a menos que em junho. Aqueles que preferiram não responder ou não tinham opinião formada chegaram a 9%, o que equivale a seis pontos percentuais a mais em relação ao levantamento anterior.
Houve também uma oscilação positiva no apoio de eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a Lula. Entre os que aprovam o governo, o índice do mandatário aumentou de 9% em junho para 12% agora. Por sua vez, a reprovação caiu de 55% para 51%, reduzindo quatro pontos percentuais em comparação com a pesquisa anterior.
A pesquisa também questionou sobre a percepção em relação ao desempenho de Lula à frente da Presidência, e os resultados mostraram que 60% aprovam o trabalho do petista, em contraste com 35% que desaprovam. Nessa métrica, houve um incremento de quatro pontos percentuais em comparação com os resultados de junho. Aqueles que não souberam ou optaram por não responder somaram 5%.
O cenário regional também apresentou resultados favoráveis para Lula, exceto nas regiões Centro-Oeste e Norte. Nestas áreas, 52% avaliaram positivamente o presidente, enquanto 39% os consideraram negativos.
A tendência de melhora nas regiões Sudeste e Sul se manteve. Na região Sul, por exemplo, a aprovação passou de 48% para 59%, e a reprovação caiu de 48% para 38%. No Sudeste, a métrica foi de 55% a favor e 39% contra.
No Nordeste, a situação permanece estável, com 72% aprovando o o governo de Lula, representando uma oscilação positiva de um ponto percentual em relação à pesquisa anterior.
É importante destacar que a pesquisa é financiada pela corretora de investimentos digital Genial Investimentos, que é controlada pelo banco Genial.
Mercado financeiro
A Genial/Quaest divulgou na última quarta-feira (12), a terceira pesquisa sobre a percepção do mercado financeiro, revelando uma notável melhora na visão a respeito do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Isso, por sua vez, gerou um efeito positivo para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Um exemplo concreto disso reside em sua aprovação, que saltou de 26% entre os mercadistas em maio para 65% neste mês. Como resultado, a avaliação positiva do governo Lula aumentou de 2% para 20%, enquanto a avaliação negativa declinou de 86% para 44%.
Dentre os membros desse grupo, 47% consideram que a política econômica do Governo Federal está na trajetória correta, comparado aos 10% registrados em maio. Isso também gerou um aumento significativo de 13% para 53% na expectativa de melhora da economia nos próximos 12 meses.
Aproximadamente 27% do mercado avaliam que a habilidade do governo para aprovar suas medidas no Congresso Nacional é elevada, contrastando com os 10% do registro em maio. Por outro lado, a proporção dos que consideram essa aprovação como baixa diminuiu de 39% para 24%. Já aqueles que enxergam como regular oscilaram de 51% para 49%.
Para concluir, 54% dos profissionais do mercado financeiro acreditam que os investimentos estrangeiros no Brasil têm perspectiva de crescimento, e 23% atribuem a recuperação dos ativos nacionais ao papel desempenhado por Haddad. Além disso, 32% afirmam que essa recuperação é resultado dos mercados internacionais, enquanto 20% ressaltam a atuação do Congresso e do Banco Central como fatores contribuintes.