O agente penitenciário Jorge José da Rocha Guaranho, preso desde julho do ano passado por ter cometido homicídio com tiros contra o membro da guarda civil e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu (PR), enfrentará um julgamento marcado para o próximo dia 7 de dezembro.
O bolsonarista, que invadiu a celebração de aniversário de Marcelo, enfrentará um julgamento diante do júri, tendo em vista sua participação em um dos delitos políticos mais chocante já registrado na história do país.
No dia 7 de novembro, através de um sorteio virtual, os integrantes do corpo de jurados serão selecionados. Caberá a eles analisar e deliberar sobre a culpabilidade do extremista no caso de homicídio duplamente qualificado por motivo fútil.
“Verifico que o presente feito atendeu durante o seu trâmite às exigências legais, apresentando todos os pressupostos processuais e condições gerais e específicas da ação penal. Por essa razão, saneado está o feito. Entendo que o processo está pronto para julgamento”, disse o juiz.
O caso
No dia 9 de julho, durante a festa de aniversário de Arruda, que tinha como temática o PT e o ex-presidente Lula, Guaranho atirou em Arruda. Em resposta ao disparo do policial, a vítima retaliou e atingiu com tiros o bolsonarista.
Marcelo Arruda não conseguiu sobreviver aos ferimentos e veio a óbito no dia seguinte.
Por sua vez, Guaranho sobreviveu ao incidente, porém permaneceu internado no hospital durante um período de um mês. Desde o dia 13 de agosto do ano passado, o radical encontra-se detido no Complexo Médico Penal (CMP) localizado em Pinhais, região metropolitana de Curitiba.
Os advogados que estão defendendo a família de Arruda e respaldam a acusação expressaram o desejo de alcançar uma forma de justiça “pedagógica”. “Que casos como este não mais se repitam, com a realização da mais pedagógica Justiça. A família aguarda uma atuação serena, técnica e equilibrada do Ministério Público, de comportamento irrepreensível”.