Agência Câmara — A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro ouve nesta terça o fotógrafo da agência Reuters Adriano Machado, suspeito de conivência com os vândalos que atacaram as sedes dos três Poderes ao registrar a invasão.
Logo no início, respondendo a parlamentares, o presidente da comissão, deputado Arthur Oliveira Maia (União-BA), disse que já cobrou do Ministério da Justiça todas as filmagens do dia 8 de janeiro feitas pelo órgão.
O fotógrafo Adriano Machado vai depor a pedido dos deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Carlos Sampaio (PSDB-SP), Delegado Ramagem (PL-RJ), Marco Feliciano (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG), e dos senadores Izalci Lucas (PSDB-DF), Marcos do Val (Podemos-ES), Eduardo Girão (Novo-CE) e Magno Malta (PL-ES).
Eduardo Bolsonaro diz que, em imagens captadas pelo sistema de câmeras do Palácio do Planalto, o profissional aparece atrás de um grupo de pessoas que arromba uma porta de vidro na antessala do gabinete da Presidência da República.
“Pelas imagens pode-se perceber que um homem só teria dado o chute depois de ter sido informado pelo fotógrafo de que a violação seria gravada. Após o ato de vandalismo, os dois revisam a imagem e celebram com um gesto de cumprimento”, denuncia.
“A atitude do fotógrafo é no mínimo peculiar”, acrescenta Nikolas Ferreira.
Segundo o senador Girão, as imagens demonstram “familiaridade [do fotógrafo] com aqueles que se encontravam no ambiente, além de estar protegido por aqueles que o acompanhavam, como se tudo estivesse combinado”.
A reunião da CPMI ocorre no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado.