No dia 22 de novembro do ano passado a coligação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma representação para “verificação extraordinária”. No pedido, o PL pede que o TSE invalide votos registrados em 279 mil urnas eletrônicas. A sigla afirmava que houve irregularidades nos equipamentos e que, se excluídos, Bolsonaro venceria a disputa ao Planalto em 2022 por 51,05% e derrotaria o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A representação foi assinada pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e pelo presidente do Instituto Voto Legal, Carlos Rocha. Os dois afirmam que a auditoria das informações disponibilizadas pelo TSE mostrou que urnas com modelo anterior a 2020 não tiveram seu número identificado. Afirmam também que alguns equipamentos travaram e precisaram ser religados por mesários, o que teria exposto o voto de alguns eleitores.
Dito isto, dois dias antes da apresentação do relatório, Bolsonaro se reuniu com Valdemar e também com Renato de Lima França, Subchefe para Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência da República.
As informações sobre as reuniões estão na série de e-mails do ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid e que O Cafezinho obteve acesso.