O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, confirmou a migração dos voos do Aeroporto Santos Dumont para o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão) a partir de janeiro de 2024. A decisão foi tomada durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva às obras do novo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa Tech) no Porto Maravilha, no Rio.
A nova determinação estabelece que os voos de e para o Santos Dumont serão restritos a um perímetro de 400 quilômetros, excluindo aeroportos internacionais. Isso significa que apenas a ponte-aérea via Congonhas será mantida. Aeroportos como Guarulhos, Viracopos e Confins não terão conexão direta. A mudança entra em vigor em 2 de janeiro de 2024. Além disso, áreas de escape serão adicionadas à pista do Santos Dumont para garantir a segurança dos voos.
Márcio França expressou sua satisfação com a decisão, afirmando: “Muito feliz de assinar esse acordo, que vai possibilitar novos voos para o Rio de Janeiro”. Ele também mencionou a próxima reunião do G20 em novembro de 2024 e a expectativa de que o presidente Lula receba líderes internacionais no Rio.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, destacou a importância da migração para equilibrar a dinâmica aeroportuária da cidade. Ele disse: “A briga não é contra o Santos Dumont, a favor do Galeão… É uma questão de equilibrar um jogo que só fez mal ao Rio de Janeiro”.
Lula, por sua vez, abordou as críticas à transferência de voos, argumentando que o Galeão, projetado como aeroporto internacional, não deve ser subutilizado em favor do Santos Dumont.
Em relação à segurança na Linha Vermelha, o governador Cláudio Castro anunciou a construção de um muro para proteger os motoristas de balas perdidas.
A questão da inclusão de Brasília nos destinos do Santos Dumont ainda está em aberto. Embora inicialmente excluída, pode ser reconsiderada no futuro.
A retomada do Galeão, que atualmente opera com apenas 20% de sua capacidade, é vista como crucial para aliviar o congestionamento no Santos Dumont.
Durante o evento no Impa Tech, Eduardo Paes apresentou vencedores da Olimpíada de Matemática e destacou a importância do novo instituto para a educação e o futuro da cidade.
ANTÔNIO CUNHA
13/08/2023 - 09h59
Fiquei sabendo que já há um lobby de parlamentares em Brasília tentando incluir Brasília entre as cidades com voos no Santos Dumont. Espero que o presidente Lula não ceda à pressão desse lobby, pois Brasília desrespeita as normas da portaria em 2 aspectos: está localizada a mais de 400 km do Rio de Janeiro (muito mais que 400 km) e se trata de aeroporto internacional, assim como Viracopos, Guarulhos e Confins, que foram retirados de SDU e vão passar a ser acessados a partir de voos em GIG, apesar de estarem no raio de até 400 km de distância. Se abrir a porteira para Brasília, vai abrir a porteira para todos voltarem a SDU. Por que os parlamentares não podem embarcar e desembarcar em GIG? Por que esse privilégio? Embora eu seja contra essa media tomada na base da “canetada”, acho que a situação estava insustentável. SDU é um aeroporto muito limitado e estava para lá de sobrecarregado. GIG é um aeroporto grande, com a maior pista de pouso/decolagem de todos os aeroportos comerciais do Brasil, tem o maior sítio aeroportuário do Brasil, mas estava às moscas, a ponto de seu terminal 1 estar desativado há anos. Contudo, governo estadual e prefeitura precisam urgentemente melhorar o acesso a GIG, já que as vias que dão acesso a ele (linha Amarela, linha Vermelha, av. Brasil) estão saturadas e engarrafadas em vários horários, fazendo com que as pessoas percam muito tempo no trânsito, além e serem vias muito perigosas, com assaltos, arrastões, tiroteios, etc. É urgente a construção de uma linha de metrô ligando a Ilha do Governador (passando pelo aeroporto) ao centro do Rio (qualquer estação de metrô). Com isso, se pode chegar à Tijuca, à zona Sul, à Barra da Tijuca e a vários subúrbios do Rio (neste último caso, usando a linha 2). Se tiver conexão com os trens, melhor ainda, pois será possível chegar à Baixada.