O fim do que nunca começou

Tenente Coronel Zucco. Imagem: Bruno Spada / Câmara dos Deputados

Palco de baixarias, ofensas, falta de decoro e até mesmo de civilidade, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) está com os seus dias contados.

Apontado por alguns como um “foco de desgaste” para o Palácio do Planalto, a comissão nunca conseguiu impor de fato alguma dificuldade objetiva sequer ao MST, quem dirá ao Palácio do Planalto. E após as conversas sobre a entrada do centrão no governo, parece que aquilo que nunca começou, agora irá acabar.

Ainda no começo do ano, quando uma enxurrada de CPIs foram anunciadas, já havia quem acusasse o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e líderes do centrão de estarem usando as comissões como instrumento de chantagem contra o governo federal, que até então, estava de portas fechadas para o centrão e já havia deixado claro que a farra do orçamento secreto não seria continuada.

Agora, com o avanço das negociações para a entrada dos partidos do centrão no governo, parece que a hipótese se tornou verdadeira.

O governo que era minoria na CPI do MST, passou a ser maioria após partidos trocarem suas indicações para o colegiado e, para finalizar, Lira vetou a convocação do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT-BA), para falar na CPI.

Se antes a comissão sequer fazia cócegas nos seus alvos e tampouco era assunto nos corredores do Congresso Nacional, com o revés sofrido a mesa da diretora da CPI já entrou em clima de final de festa.

Cleber Lourenço: Defensor intransigente da política, do Estado Democrático de Direito e Constituição. | Colunista n'O Cafézinho com passagens pelo Congresso em Foco, Brasil de Fato e Revista Fórum | Nas redes: @ocolunista_
Related Post

Privacidade e cookies: Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com seu uso.