Neste domingo, 6, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, foi as redes sociais tentar se explicar sobre o ataque contra a região Nordeste durante entrevista ao Estadão. A fala separatista de Zema tem sido fortemente criticada por diversas lideranças políticas. Na prática, a fala de Zema atacou as políticas de combate a fome e a miséria nas regiões mais pobres: Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
“Outras regiões do Brasil, com Estados muito menores em termos de economia e população se unem e conseguem votar e aprovar uma série de projetos em Brasília. E nós, que representamos 56% dos brasileiros, mas que sempre ficamos cada um por si, olhando só o seu quintal, perdemos. Ficou claro nessa reforma tributária que já começamos a mostrar nosso peso”, declarou o governador ao Estadão.
“Está sendo criado um fundo para o Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Agora, o Sul e o Sudeste não têm pobreza? Aqui todo mundo vive bem, ninguém tem desemprego, não tem comunidade… Nós também precisamos de ações sociais. Então, o Sul e o Sudeste vão continuar com a arrecadação muito maior do que recebem de volta?”, disparou.
Depois que foi duramente criticado, Zema foi ao Twitter dizer que “não é ser contra ninguém, e sim a favor de somar esforços”.
“A união do Sul e Sudeste jamais será pra diminuir outras regiões. Não é ser contra ninguém, e sim a favor de somar esforços. Diálogo e gestão são fundamentais pro país ter mais oportunidades. A distorção dos fatos provoca divisão, mas a força do Brasil tá no trabalho em união”, escreveu.
“Minas nunca foi antagônico às regiões mais pobres do país, até porque fazemos parte delas, muito menos imaginou liderar esse antagonismo”, escreveu o tucano.
“Temos uma longa e importante agenda de interesse do Estado para tratar e excluir possíveis parceiros nessas tratativas, como sugere a fala do governador, será, ao final, um grande desserviço ao nosso Estado”, completa.