O Banco Central revelou o nome da primeira moeda digital brasileira oficialmente regulada, denominada Drex.
A abreviação “Digital Real X” representa a sigla da moeda digital brasileira. Durante um período de seis meses, foram realizadas análises para determinar o nome adequado dessa moeda digital. Anteriormente, o projeto era conhecido como “Real Digital”.
O BC emitirá o Drex como uma extensão da moeda física, mantendo-o sob custódia da própria instituição. A moeda poderá ser trocada pelo real tradicional (em notas) e vice-versa, garantindo a conversibilidade e a interação entre as duas formas da moeda.
Bancos não terão autorização para conceder empréstimos a outras pessoas, semelhante ao que ocorre com o dinheiro físico. Além disso, não haverá rendimento automático do Drex. De acordo com as projeções do Banco Central, o Drex provavelmente será disponibilizado ao público em geral até o final de 2024. Já estão em andamento os primeiros testes do projeto-piloto.
Ao longo dos últimos anos, o Banco Central tem dedicado atenção ao assunto. Em 2020, por exemplo, o órgão instituiu um grupo de especialistas para analisar a viabilidade da criação de uma moeda digital para o Brasil, e em maio de 2021, divulgou as principais diretrizes do projeto.
Uma das principais distinções entre o Drex e outras criptomoedas é o seu caráter regulado. O Banco Central esclarece, em seu site oficial, que o Real Digital não será considerado um criptoativo, como o Bitcoin e o Ethereum. Em vez disso, ele será classificado em uma nova categoria denominada CBDC (Central Bank Digital Currencies), que traduzido para o português significa “moedas digitais de banco central”.
A ideia consiste em utilizar o real digital para simplificar a formalização de acordos comerciais e contratos de maneira virtual. Por exemplo, uma transação em Drex só seria finalizada mediante a assinatura eletrônica de um contrato de venda.
Confira a íntegra da nota de divulgação sobre o Drex
O Drex está chegando para facilitar a vida dos brasileiros. De cara nova e nome próprio, nosso projeto de moeda digital de banco central (em inglês, Central Bank Digital Currency – CBDC), criado e operado pelo Banco Central do Brasil (BC), agora se chama Drex. A solução, anteriormente referida por Real Digital, propiciará um ambiente seguro e regulado para a geração de novos negócios e o acesso mais democrático aos benefícios da digitalização da economia a cidadãos e empreendedores.
Na marca, desenvolvida pelo BC, a combinação de letras forma uma palavra com sonoridade forte e moderna: “d” e “r” fazem alusão ao Real Digital; o “e” vem de eletrônico e o “x” passa a ideia de modernidade e de conexão, do uso de tecnologia de registro distribuído (Distributed Ledger Tecnology – DLT), tecnologia adotada para o Drex, dando continuidade à família de soluções do BC iniciada com o Pix.
O conceito visual do Drex, que se encaixa no contexto da agenda de modernização tocada pelo Banco Central, a Agenda BC#, tem como premissa a utilização de tipografia e elementos gráficos que remetem ao universo digital.
Fazendo alusão a uma transação, as duas setas que se incluem no “d” têm relação com a evolução do Real para o ambiente digital, reforçando o atributo da agilidade, e o uso das cores, numa transição de azul para verde claro, passa a mensagem de “transação concluída”.