A Grécia atingiu significante progresso na recuperação de finanças públicas e teve seu status de grau de investimento restaurado pela Scope Ratings.
Após 13 anos, quando se tornou o primeiro país da zona do euro a ser rebaixado para a categoria junk devido à crise econômica, a Grécia mudou de posição no contexto mundial. Foram três programas de resgate internacional para definir a decisão de auxiliar a terminar a crise da dívida de 2010.
A melhora do país ocorreu concomitantemente à reeleição do primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis, que havia prometido finanças públicas sólidas e continuação das reformas econômicas iniciadas em 2019.
De acordo com a agência Scope, um dos impulsionadores da atualização do status grego é “Uma trajetória estável de declínio da dívida pública, sustentada por inflação alta, crescimento econômico real acima do potencial, juros baixos da carteira de dívida vigente e obtenção de superávits fiscais primários”.
A Scope também indicou que “o apoio institucional europeu sustentado para a Grécia”, ainda que “as classificações de crédito permanecem desafiadas”, devido à alta dívida do governo. O rating do país passou de BB+ para BBB-.
A elevação já estava na mira dos investidores, que têm comprado títulos do país com rendimentos mais baixos do que os de seus pares com grau de investimento, como a Itália. Isso faz com que melhore, também, o desempenho grego na zona do euro neste ano, uma reviravolta após a queima de muitos investimentos na maior reestruturação soberana da história.
A Rating and Investment Information, do Japão, foi a primeira agência avaliadora de crédito a apontar a melhora da Grécia no grau de investimento, seguida da Scope. A expectativa dos analistas é de que outras agências sigam esses exemplos nos próximos meses, ainda com o presidente Mitsotakis visando atualizações até o final do ano.
A previsão é que sejam feitas revisões em grandes agências de classificação e, assim, altere também a posição da Grécia no ranking mundial.
O Ministério das Finanças do país comunicou que “continuará com a mesma política de seriedade e responsabilidade fiscal, que é a única base estável para o desenvolvimento da economia grega”.