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Sem expulsar Mauro Cid, Exército vincula sua imagem ao crime e à corrupção

Por Jeferson Miola Ao escrever que o relógio Rolex cravejado de diamantes “foi um presente recebido em viagem oficial de negócios”, o tenente-coronel do Exército Mauro Cid assumiu que planejava roubar um bem pertencente ao patrimônio da União e ilegalmente vendê-lo no estrangeiro. Este ilícito é mais um que passa a integrar o diversificado catálogo […]

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Foto: Alexandre Cassiano/O Globo


Por Jeferson Miola

Ao escrever que o relógio Rolex cravejado de diamantes “foi um presente recebido em viagem oficial de negócios”, o tenente-coronel do Exército Mauro Cid assumiu que planejava roubar um bem pertencente ao patrimônio da União e ilegalmente vendê-lo no estrangeiro.

Este ilícito é mais um que passa a integrar o diversificado catálogo de desvios, crimes e ilegalidades cometidas pelo multi-delinquente fardado.

A variedade de crimes cometidos por Mauro Cid – filho de um general [Lorena Cid] e neto de um coronel do Exército [Antônio Carlos Cid] –, sugere que o cargo de ajudante de ordens era, na realidade, uma fachada para práticas criminosas.

O tenente-coronel está preso, mas por determinação do STF, não em decorrência de apurações do Exército, que se omite e prevarica diante da ficha corrida dele, que justificaria sua expulsão do Exército.

Até aqui, a impunidade tem sido a regra das Forças Armadas em relação a todos delinquentes fardados que cometeram ilíticos e participaram dos atentados à democracia e ao Estado de Direito.

Mauro Cid cumpre pena de prisão num quartel do Exército em Brasília, onde é tratado com regalias e recebe apoio psicológico, espiritual e, claro, a solidariedade da família militar, que levanta sua moral com romarias diárias de visitas.

O comando do Exército mandou Mauro Cid comparecer fardado na CPMI dos atos golpistas. A intenção era afrontar o poder político e colocar a instituição militar em sua defesa. Mexer com Mauro Cid é o mesmo que mexer com o Alto Comando do Exército.

Em comunicado, o Exército justificou a decisão alegando que, ao ser designado pelo comandante da Força para se desempenhar como ajudante de ordens do Bolsonaro, Mauro Cid “cumpria missão militar”.

O Exército encontra-se, agora, numa encruzilhada.

Ou expulsa Mauro Cid do Exército e prova que roubar patrimônio público e passar o Código Penal em revista não é missão militar; ou, então, o Exército vincula irremediavelmente sua imagem ao crime e à corrupção.

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Comentários

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carlos

05/08/2023 - 17h54

Pai vagabundo Filho vagabundo esposa vagabunda, família dr vagabundos

Fábio

05/08/2023 - 11h11

Ainda acredito que eles estão armando algo para o futuro, é gente que vive de golpes e rituais ridículos que forjam um véu de honra.


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