O jornalista estadunidense Glenn Greenwald foi ao Twitter para falar sobre um suposto regime de censura no Brasil. “Não posso enfatizar o quão extremo e despótico se tornou o regime de censura no Brasil. Isso importa não apenas porque o Brasil é relevante, mas porque a União Europeia, Canadá e Estados Unidos estão estudando-o como um laboratório para ver até onde podem ir”, disse.
Ele também saiu em defesa do influenciador de extrema-direita Monark, que ele se referiu como “Joe Rogan brasileiro”. “Monark agora está silenciado, enfrenta uma investigação criminal e foi multado em cerca de 75 mil dólares por suposta má conduta online”. Glenn disse que a decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes, foi tomada “sem qualquer processo legal justo”.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidiu aplicar uma multa de R$300 mil contra o youtuber Bruno Aiub, o Monark, por desobedecer uma ordem judicial quando criou novos perfis e postou conteúdos falsos nas redes sociais.
Vale lembrar que em junho o STF proibiu Monark de usar as redes sociais e suspendeu seus perfis. Porém, demonstrando total desprezo pela lei, Monark voltou a propagar fake news e teorias da conspiração. Ele atacou a Suprema Corte por causa da transparência das eleições e acusou Alexandre de Moraes era um ministro parcial.
Nas redes, Monark postou um vídeo dizendo o seguinte:
“A gente vê o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) censurando gente, a gente vê Alexandre de Moraes prendendo pessoas, você vê um monte de coisa acontecendo e, ao mesmo tempo, eles impedindo a transparência nas urnas? Você fica desconfiado, que maracutaia está acontecendo nas urnas ali?”.
Na ocasião, Monark atacava as urnas eletrônicas, fazendo coro a extrema-direita que lançou suspeitas sobre a segurança das eleições antes mesmo das eleições que deram vitória ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na sequência, o influenciador debocha da decisão de Moraes dizendo que seria a última vez que faria o seu podcast porque, segundo ele, foi “censurado” pelo magistrado. “Salve galera, começando mais um Monark Talks. Pode ser que seja o último, pode ser que não, porque fomos censurados novamente pelo Xandão”, dispara Monark.
O magistrado também ordena que as plataformas digitais façam o bloqueio, de forma imediata, das contas pertencentes a Monark. Moraes estipulou multa de R$ 100 mil por dia de descumprimento da ordem.
“Assim, se torna necessária, adequada e urgente a interrupção da propagação dos discursos com conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática, através de novo bloqueio de contas em suas redes sociais, com objetivo de interromper a lesão ou ameaça a direito”, despachou.