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Investigação na CPI 8/1: sigilo de Torres e Cid é quebrado

A Comissão Parlamentar de Inquérito Mista (CPMI) do 8/1 não poupou esforços ao aprovar, em uma sessão realizada nesta quinta-feira (3) uma série de medidas importantes para a investigação em curso. Entre as decisões tomadas, destacam-se as autorizações para a quebra de sigilo de figuras-chave relacionadas aos acontecimentos do 8 de Janeiro, trazendo à luz […]

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Imagem: Ed Alves/CB/D.A Pres / Lula Marques/Agência Brasil

A Comissão Parlamentar de Inquérito Mista (CPMI) do 8/1 não poupou esforços ao aprovar, em uma sessão realizada nesta quinta-feira (3) uma série de medidas importantes para a investigação em curso. Entre as decisões tomadas, destacam-se as autorizações para a quebra de sigilo de figuras-chave relacionadas aos acontecimentos do 8 de Janeiro, trazendo à luz questões delicadas que clamam por esclarecimento.

Os membros da CPMI deliberaram e aprovaram a quebra dos sigilos telefônico e telemático de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), bem como de Anderson Torres, que assumiu papéis de destaque como ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal. Além disso, as medidas também abrangeram a quebra do sigilo do ex-ministro do GSI Gonçalves Dias, acrescentando uma dimensão mais abrangente à investigação.

A autorização para a quebra dos sigilos telefônico e telemático, abrangendo toda forma de comunicação à distância por meio de serviços de informática em redes de telecomunicações, foi acompanhada de perto pelos observadores. A presença de Mauro Cid na CPI, embora silenciosa, deixou a curiosidade no ar, especialmente após a CPI já ter determinado a quebra do sigilo do e-mail institucional de Cid enquanto ele atuava como assessor da Presidência.

A expectativa agora se volta para o depoimento de Anderson Torres, agendado para 8 de agosto, um evento que certamente capturará a atenção do público e dos legisladores. O pedido para a oitiva de Gonçalves Dias, feito por membros da oposição, aguarda uma data para sua realização.

A relatora da CPI, Eliziane Gama (PSD-MA), expressou otimismo em relação ao depoimento de Torres, considerando sua relevante trajetória como ex-ministro do governo anterior e sua influência como secretário do Distrito Federal durante os acontecimentos do 8 de Janeiro. Gama antecipou a possibilidade de um habeas corpus ser utilizado pela defesa de Torres para justificar seu silêncio, porém ressaltou que ele ainda poderá responder a questionamentos que não possam incriminá-lo.

“Nós conseguimos aprovar vários requerimentos e estamos indo de forma sequencial. Em uma 1ª leva os RIFs e eles focaram de uma forma mais direta em relação aos financiadores. Também aprovamos as quebras, especialmente do Mauro Cid, da Combat Armor e da Sipal, empresas que têm indícios de terem participado de alguma forma em relação a esses financiamentos”, afirmou a relatora.

No total, a CPMI adicionou um total de 133 requerimentos, abrangendo pedidos de informações, convocações, relatórios de inteligência financeira (RIFs) e quebras de sigilo, incluindo empresas. A abordagem em etapas foi destacada pela relatora Eliziane Gama, enfatizando que a primeira fase focou nos RIFs, direcionando-se especialmente aos financiadores suspeitos. Além disso, Eliziane revelou que as quebras de sigilo de Mauro Cid, Combat Armor e Sipal, empresas associadas a possíveis financiamentos, foram aprovadas com êxito.

A abrangência das ações da comissão também se estendeu para figuras além dos nomes mais proeminentes. Walter Delgatti Netto, o hacker ligado ao caso da “Vaza Jato”, e o fotógrafo Adriano Machado, da agência Reuters, foram convocados para depor, enquanto o coronel Sandro Augusto Salles Queiroz, ex-comandante da Força Nacional no 8 de Janeiro, e Tomás de Almeida Vianna, substituto eventual do Diretor de Inteligência do Ministério da Justiça, tiveram suas convocações rejeitadas pelos congressistas. A CPMI segue seu curso, adentrando a complexa teia de eventos e investigações que marcam o cenário político atual, em busca de respostas claras e transparentes.

Cid e Torres

Cid foi detido no começo de maio, sendo suspeito de estar envolvido em um esquema fraudulento associado aos cartões de vacinação contra a covid-19. As investigações indicam que informações falsas, que possivelmente confirmariam a aplicação das vacinas no ex-presidente, em sua filha Laura, no ex-assessor e em familiares, foram introduzidas no sistema do Ministério da Saúde e posteriormente eliminadas.

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro participou da CPMI e optou por não se pronunciar diante dos questionamentos feitos pelos legisladores. No celular do militar, a Polícia Federal (PF) descobriu uma troca de mensagens de teor golpista. Os diálogos revelados tinham como principais interlocutores o ex-major do Exército Ailton Barros e o coronel em atividade Jean Lawand.

Torres, por sua vez, é suspeito de ter sido conivente e negligente diante aos atos ilícitos realizados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que perpetraram ataques às sedes dos Três Poderes na capital federal, em 8 de janeiro. Na função de Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, sua responsabilidade incluía a supervisão da segurança na Esplanada dos Ministérios.

Na decisão que prendeu Anderson, Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, ainda destacou a chegada de aproximadamente 100 ônibus fretados a Brasília, ocorrida sem acompanhamento policial, apesar da ampla ciência de que tais grupos pretendiam realizar atos violentos e contrários à democracia.

Outras pessoas

Durante a mesma sessão, a CPI também deu aval para a quebra de sigilos de outras pessoas, incluindo: o general Carlos Eduardo Feitosa Rodrigues, designado como servidor no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante a gestão de Bolsonaro, e André Luiz Garcia Furtado, coronel e servidor do GSI que estava presente no Palácio do Planalto no dia dos eventos golpistas.

George Washington também foi alvo da aprovação da CPI nesta quinta-feira, com a quebra de seus sigilos telefônico e telemático. Washington, um simpatizante do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi condenado por colocar um explosivo em um caminhão nas proximidades do aeroporto de Brasília em 24 de dezembro do ano passado, às vésperas da posse de Lula como presidente.

Durante seu testemunho perante a CPI, o perito da Polícia Civil do Distrito Federal responsável pela análise do explosivo, Renato Carrijo, explicou que o material é frequentemente utilizado por empresas especializadas em explosões para atividades de pedreiras. Além disso, Carrijo ressaltou que parte desse material possui restrições de uso e só pode ser acessado mediante autorização do Exército.

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Comentários

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carlos

03/08/2023 - 18h25

Esse cidadão um não honrou o exército de Caxias e de Csstelo Branco o outro cidadão não honrou a instituição que pertence, e ambos não honram as calças que vestem.


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