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Bomba! Bolsonaro recebeu pedras preciosas “não cadastradas”

Uma nova revelação tem abalado os corredores do poder em Brasília. Um e-mail vazado do ex-ajudante de ordens da Presidência, Cleiton Henrique Holzschuk, aponta para um esquema de recebimento e desvio de pedras preciosas presenteadas ao então presidente Jair Bolsonaro. O escândalo veio à tona durante a CPI dos Atos Golpistas e traz à tona […]

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Uma nova revelação tem abalado os corredores do poder em Brasília. Um e-mail vazado do ex-ajudante de ordens da Presidência, Cleiton Henrique Holzschuk, aponta para um esquema de recebimento e desvio de pedras preciosas presenteadas ao então presidente Jair Bolsonaro. O escândalo veio à tona durante a CPI dos Atos Golpistas e traz à tona a suspeita de corrupção e a omissão no registro oficial de presentes recebidos pelo presidente.

De acordo com o e-mail revelado, o ex-ajudante de ordens Cleiton Holzschuk pediu que as pedras preciosas presenteadas a Bolsonaro fossem entregues em mãos ao tenente-coronel Mauro Cid, o ajudante de ordens mais próximo do então presidente. Holzschuk também ordenou que os itens não fossem catalogados no acervo oficial, o que vai contra as regras do Tribunal de Contas da União (TCU) que exigem que presentes recebidos durante o mandato sejam registrados.

Conforme o relato de Holzschuk, o tenente-coronel Mauro Cid, o mais próximo auxiliar de Bolsonaro, deu instruções para que os presentes não fossem incluídos na lista oficial de presentes recebidos pelo presidente.

O e-mail termina mencionando que, se houvesse qualquer dúvida, os auxiliares poderiam buscar o sargento Marcos Vinícius Pereira Furriel.

Colocou-se em segurança, em um cofre amplo, 01 (um) pacote contendo pedras preciosas destinadas ao PR [presidente] e 01 (uma) caixa de gemas preciosas para a PD [primeira-dama], recebidas em Teófilo Otoni em 26/10/22. A pedido do TC [tenente-coronel] Cid, as pedras não deveriam ser oficialmente registradas e devem ser entregues diretamente a ele [Cid]. Qualquer incerteza, o Sgt Furriel foi devidamente informado sobre o assunto“, relatou Holzschuk.

As pedras preciosas foram presenteadas a Bolsonaro durante um comício de campanha pela reeleição em Teófilo Otoni (MG),em 26 de outubro de 2022, cidade famosa por acontecer uma Feira Internacional de Pedras Preciosas, que no ano de 2023 aconteceu entre os dias 25 até o dia 29 julho . No entanto, essas joias não constam nos registros oficiais de presentes recebidos pelo então presidente, conforme apontado pela deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) na sessão da CPI.

As mensagens trocadas pelos ajudantes de ordens estão sob posse da CPI dos Atos Golpistas, que investiga a possível participação de Bolsonaro e de sua comitiva no desvio de joias da Arábia Saudita.

As investigações da Polícia Federal já haviam apontado para a entrada ilegal de pacotes de joias milionárias no país, mas agora o foco se volta para as pedras preciosas presenteadas durante o evento em Teófilo Otoni. O tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, também está sob investigação nesse caso e chegou a ser preso em maio, em uma operação da PF que investiga fraude em cartão de vacinação para beneficiar Bolsonaro.

As regras estabelecidas pelo TCU determinam que apenas itens de “natureza personalíssima” ou de “consumo direto” podem ser considerados acervo privado do presidente e, portanto, não precisam ser registrados no acervo público da União. No entanto, as pedras preciosas presenteadas a Bolsonaro deveriam ter sido registradas no acervo museológico do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), o que não ocorreu.

Diante das revelações, o PCdoB, partido da deputada Jandira Feghali, anunciou que solicitará investigações por parte da Polícia Federal, do Tribunal de Contas da União e do Supremo Tribunal Federal sobre a origem e o paradeiro das pedras preciosas, uma vez que Bolsonaro ocupava a Presidência durante o período das trocas de e-mails.

Jandira Feghali pressiona a CPMI dos Atos Golpistas para que o caso seja investigado a fundo. A parlamentar requer a presença dos ajudantes de ordens envolvidos na troca de e-mails, assim como dos próprios Jair e Michelle Bolsonaro, na comissão. Além disso, ela pediu a quebra do sigilo bancário de todos os envolvidos.

O escândalo das pedras preciosas coloca em xeque a ética e a transparência no Palácio do Planalto e traz à tona mais um episódio sombrio da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. A sociedade aguarda por respostas e investigações rigorosas para esclarecer os fatos e responsabilizar eventuais envolvidos em práticas ilícitas. A CPI dos Atos Golpistas assume, agora, um papel crucial para elucidar essa questão e preservar os valores democráticos do país. Resta aguardar os próximos capítulos dessa história controversa.

Com a revelação dessas informações, a mídia e a opinião pública se mobilizam, exigindo respostas e esclarecimentos das autoridades envolvidas. A Presidência da República e os membros da comitiva investigada são alvo de críticas e questionamentos sobre a veracidade das acusações.

O Palácio do Planalto, por sua vez, nega veementemente qualquer irregularidade e afirma que todos os presentes recebidos pelo presidente foram devidamente registrados de acordo com as normas estabelecidas pelo TCU. Segundo a assessoria de imprensa, as pedras preciosas mencionadas não foram recebidas pelo presidente e, portanto, não há o que ser registrado.

Apesar das alegações do Palácio do Planalto, a CPI dos Atos Golpistas continua a investigar o caso, buscando mais provas e depoimentos para esclarecer os fatos. A deputada Jandira Feghali, em entrevista ao ICL NOTÍCIAS, ressaltou a importância do trabalho da comissão e a necessidade de se apurar a fundo as denúncias.

“O que estamos vendo aqui é uma possível trama de corrupção envolvendo presentes destinados ao presidente da República. Isso é algo muito sério e que não pode ser ignorado. Nossa comissão está empenhada em trazer à luz todas as informações necessárias para que a verdade seja revelada e os responsáveis sejam punidos“, afirmou a deputada.

Enquanto a investigação segue seu curso, a sociedade brasileira aguarda ansiosamente por respostas concretas e esclarecimentos transparentes sobre o destino das pedras preciosas e a conduta do ex-presidente Bolsonaro e de sua comitiva.

O caso das pedras preciosas vem se somar a uma série de escândalos de corrupção que marcaram o período do governo Bolsonaro.

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Ruann Lima

Paraibano e Estudante de Jornalismo na UFF

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Comentários

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carlos

05/08/2023 - 14h54

O bolsonaro é tão tranbuqúeiro que antes mesmo de assumir a presidente da República já falava no ouro que existia ali na divisa do Brasil com a Venezuela, pode investigar que esse picareta, tava levando dinheiro junto a igrejas evangélicas e pode apertar o ex-ministro da educação que ele entrega. Agora com esse tal racker preso.


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