Nordeste e Centro-Oeste lideram o crescimento da economia brasileira em 2023, de acordo com um estudo da Tendências Consultoria. A projeção é que a economia nordestina cresça 2,4%, enquanto a região central do país deve avançar 2,3%. A agropecuária e a indústria serão os setores responsáveis pelo impulso nessas regiões, com destaque para a produção de alumínio no Maranhão e a produção de soja, cana, biocombustíveis e carnes no Centro-Oeste.
O Sul também apresentará um bom desempenho, com previsão de crescimento de 2,2%, impulsionado pela recuperação na produção de grãos e aves. O Norte deve crescer 2,1%, com destaque para o abate de bovinos, mas a indústria extrativa no Pará ainda apresenta resultados fracos.
O Sudeste é a única região que deve apresentar um crescimento abaixo da média nacional, com previsão de avanço de 1,7%. Isso se deve ao fato de a região ser altamente industrializada e enfrentar desafios ligados à demanda interna por bens industriais.
Para o longo prazo, a expectativa é de um avanço mais forte no Nordeste, com crescimento anual médio do PIB regional estimado em 2,7% entre 2024 e 2032. O Centro-Oeste e o Norte devem crescer 2,5% cada, enquanto a média nacional é de 2%.
No Nordeste, a evolução de negócios em gás natural e petróleo, a produção de energia eólica e a concessão de aeroportos e empresas de saneamento devem impulsionar o crescimento. O turismo também será estimulado pela desvalorização do real frente ao dólar.
No Centro-Oeste, a agropecuária continuará sendo o setor líder, com projeções positivas para a soja e o milho. No entanto, fatores como a desvalorização do real e a inflação podem limitar o crescimento da região.
Apesar das diferenças regionais, o Sudeste ainda é responsável por mais da metade do PIB do país, com 51,9% do total, seguido pelo Sul (17,2%), Nordeste (14,2%), Centro-Oeste (10,4%) e Norte (6,3%).09:03
Fonte: Valor Econômico