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Chanceler italiano alerta contra o envolvimento militar ocidental no Níger

A situação política no Níger está tensa após o golpe militar que derrubou o presidente Mohamed Bazoum. A junta militar que assumiu o controle acusou a França de conspirar para intervir militarmente no país e libertar Bazoum, que está detido desde o golpe. A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) emitiu um ultimato […]

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AFP 2023 / Henry Nicholls

A situação política no Níger está tensa após o golpe militar que derrubou o presidente Mohamed Bazoum. A junta militar que assumiu o controle acusou a França de conspirar para intervir militarmente no país e libertar Bazoum, que está detido desde o golpe. A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) emitiu um ultimato para a junta restabelecer a ordem constitucional e libertar Bazoum, ameaçando usar a força caso não cumpra as diretivas.

Diante desse cenário, o chanceler italiano, Antonio Tajani, alertou contra o envolvimento militar ocidental no Níger. Segundo ele, é preciso pressionar pela restauração da democracia, mas qualquer iniciativa militar seria vista como uma nova colonização. Tajani ressaltou a importância do diálogo nacional para buscar uma solução pacífica para a crise.

Disse Tajani ao Rai News nesta quarta-feira:

Acho que devemos pressionar a restauração da democracia, mas qualquer iniciativa militar ocidental deve ser excluída porque seria vista como uma nova colonização

Há dois dias atrás, os líderes da junta em Mali e Burkina Faso disseram que qualquer intervenção militar estrangeira no Níger seria considerada uma declaração de guerra contra Bamaco e Ouagadougou. Isso significa que se algum país decidir intervir militarmente no Níger, eles estarão automaticamente em guerra com Mali e Burkina Faso.

A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) emitiu um ultimato de uma semana aos golpistas no domingo para libertar Bazoum e restaurar a ordem constitucional no Níger. A CEDEAO é um organismo regional que representa os interesses econômicos dos países da África Ocidental. Eles estão pedindo que a junta liberte o presidente eleito do Níger, Mohamed Bazoum, e restaure a ordem constitucional no país.

A CEDEAO ameaçou usar a força caso a junta não cumprisse as diretivas. Isso significa que se a junta não libertar Bazoum e restaurar a ordem constitucional, a CEDEAO pode usar a força para resolver a situação. Essa é uma medida séria e mostra o quão importante é para a CEDEAO manter a estabilidade e seus interesses na região.

Em resposta, Bamaco e Ouagadougou anunciaram que sairiam da CEDEAO e “adotariam medidas de autodefesa em apoio às forças armadas e ao povo do Níger” se o bloco usasse a força.

A Rússia também pediu um diálogo nacional no Níger, destacando que a ameaça de intervenção militar só exacerbará a crise. É importante ressaltar que a instabilidade política no Níger pode ter consequências para toda a região, já que o país faz fronteira com Mali e Burkina Faso, que também enfrentam problemas de segurança.

Por isso, é fundamental que a comunidade internacional atue de forma coordenada e pacífica para ajudar o Níger a superar essa crise política. A pressão pela restauração da democracia deve ser mantida, mas sem recorrer à violência ou à intervenção militar externa. O diálogo nacional é a melhor forma de buscar uma solução pacífica e duradoura para a crise no Níger.

Fonte: Sputnik

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