Nesta terça-feira, 1, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou do podcast “Conversa com o Presidente” e aproveitou para falar sobre a sucessão na Procuradoria-Geral da República (PGR). Isso tem ganhando espaço na mídia por causa do término do mandato do atual procurador-geral da República, Augusto Aras.
O chefe de estado deixou claro que a sua escolha será feita no momento oportuno. “As pessoas já estão preocupadas com a sucessão do procurador-geral da República, com o outro membro da Suprema Corte. Ninguém nesse país tem mais experiência de escolher procurador do que eu, que já escolhi três”, lembrou o presidente.
“Então eu vou escolher no momento certo, na hora certa, vou conversar com muita gente, vou ouvir muita gente, vou atrás de informações de pessoas que eu penso, vou discutir se é homem, se é mulher, se é negro, se é branco”, prosseguiu.
“Tudo isso é um problema meu, que está dentro da minha cabeça, e quando eu tiver um nome eu indico. Simples assim, se ficar aquela aposta ‘vai escolher amanhã, vai escolher depois, é fulano, é ciclano’. Ninguém tem que ficar tentando adivinhar. Eu vou escolher a pessoa que eu achar que é melhor para os interesses do Brasil. Se der errado, paciência. Mas vou tentar escolher o melhor. E quero conversar com muita gente, porque eu acho que as pessoas precisam aprender a fazer bem para esse país”, esclarece.
Lula também revelou que será mais criterioso na escolha do próximo chefe do Ministério Público após ser vítima de lawfare e por presenciar a ascensão da “quadrilha” da Lava Jato durante os anos de terror da operação. O presidente disse que por causa da perseguição que sofreu, perdeu a confiança no MPF.
“Eu sempre fui uma pessoa que tive o mais profundo respeito pelo Ministério Público. Era uma das instituições que eu idolatrava nesse país. Depois dessa quadrilha que o Dallagnol montou, eu perdi muito a confiança. Eu perdi porque é um bando de aloprado, que acharam que poderiam tomar o poder. Estavam atacando todo mundo ao mesmo tempo, atacando o governo, atacando o Por Executivo, o Legislativo, atacando a Suprema Corte, todo mundo”, disparou Lula.
“Eles fizeram a sociedade brasileira refém durante muito tempo. Então obviamente que eu vou escolher com mais critério, com mais pente-fino para não cometer erro. Não quero escolher alguém que seja amigo do Lula. Eu quero escolher alguém que seja amigo desse país, que goste desse país, que não faça denúncia falsa, que não levante falso sobre o outro. Porque quem denuncia uma denúncia falsa sobre o outro e depois não prova deveria pagar as custas do processo, porque assim a gente consegue fazer as pessoas serem mais honestas e decentes nas suas decisões”, completa.
Assista o podcast completo!