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Deputadas repudiam estupro de jovem e lembram Agosto Lilás

Crime foi lembrado em pronunciamentos no Plenário, assim como campanha que redobra esforços para enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher. Publicado em 01/08/2023 – 17h06 Por Assembleia Legislativa de Minas Gerais ALMG — O estupro de uma jovem de 22 anos no último final de semana no Bairro Santo André, na Região […]

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Daniel Protzner

Crime foi lembrado em pronunciamentos no Plenário, assim como campanha que redobra esforços para enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher.

Publicado em 01/08/2023 – 17h06

Por Assembleia Legislativa de Minas Gerais

ALMG — O estupro de uma jovem de 22 anos no último final de semana no Bairro Santo André, na Região Noroeste de Belo Horizonte, foi repudiado pelas deputadas estaduais Ione Pinheiro (União), Ana Paula Siqueira (Rede) e Bella Gonçalves (Psol) em pronunciamentos na tribuna durante a Reunião Ordinária desta terça-feira (1/8/23) do Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Na retomada dos trabalhos no Parlamento mineiro após o recesso parlamentar, as três parlamentares lembraram o início de mais uma campanha “Agosto Lilás” em todo o País, quando são redobrados os esforços para o enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher.

Procuradora-geral da Mulher na ALMG, Ione Pinheiro lamentou que o crime cometido na madrugada do último domingo (30/7/23) tenha sido resultado de uma série de omissões que deixaram a vítima entregue à própria sorte e contribuíram para que as estatísticas de estupro sigam em elevação no Estado.

Ela citou reportagem do jornal O Tempo que aponta 2.137 casos de estupro em Minas Gerais no primeiro semestre deste ano, número 22% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. Nesse mesmo intervalo, o aumento de casos em Belo Horizonte foi ainda maior, segundo ela, da ordem de 36%.

Ione Pinheiro destacou ainda a programação do Encontros com a Procuradoria da Mulher da Assembleia de Minas – 2023”, que deve acontecer no próximo dia 8 de agosto, na ALMG, tipo de evento que ajuda a conscientizar a população para a gravidade do problema e a criar um ambiente favorável a denúncias, apuração dos casos e punição dos culpados.

“Temos que refletir onde estamos todos errando para poder seguir acreditando que existe justiça, que a mulher não é objeto e tem direito a respeito. Que a justiça seja feita nesse caso.”

De acordo com informações da Polícia Militar, a vítima estuprada no Bairro Santo André foi a um show de pagode na noite de sábado (29) com um amigo que, após o fim do evento, a colocou dentro do carro de aplicativo para que chegasse até em casa. Quando o veículo chegou até a residência, porém, o motorista chamou no interfone, mas não foi atendido. Supostamente embriagada e desacordada, ela teria sido deixada sozinha, encostada em um poste.

Um homem de 47 anos, flagrado por câmeras de segurança e preso horas depois, teria carregado a vítima nas costas até o campo do Grêmio Mineiro, onde o crime teria ocorrido e a vítima teria sido abandonada.

A deputada Ana Paula Siqueira, que preside a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da ALMG, lamentou que a vítima venha sendo responsabilizada em inúmeros comentários maliciosos feitos nas reportagens publicadas sobre o caso na Internet, já que o crime teve repercussão nacional.

“É uma situação que me causa profunda indignação, repugnância e tristeza, pois mostra o quanto a nossa sociedade está adoecida. Questionam por que ela foi beber tanto. Não podemos permitir que a vítima seja culpada e o Agosto Lilás vai ajudar nessa reflexão.”

A deputada chamou a atenção ainda para a camiseta lilás que estava usando com os dizeres: “Violência contra a mulher. Ignorar faz de você cúmplice desse crime!”. A parlamentar ainda lamentou que Minas Gerais lidera o ranking de feminicídios no País e lembrou que no próximo dia 7 de agosto será comemorado 17 anos da Lei Maria da Penha.

Já Bella Gonçalves denunciou que a cultura do assédio e do estupro ainda segue muito forte no Brasil, problema que somente será rompido com a desconstrução cotidiana do patriarcado por meio sobretudo da educação e, ainda, com o fim da naturalização de situações como este crime ocorrido no Bairro Santo André no final de semana.

“É preciso que todos sejam solidários à dor por ser mulher em uma sociedade que muitas vezes nos abandona pelas calçadas. Essa dor é como uma ferida aberta em nossa sociedade. Isso nos traz uma revolta muito grande.”

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