A Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou que o número de mortes na Operação Escudo, realizada em Guarujá, no litoral de São Paulo, aumentou para 12. A operação, que começou na última sexta-feira (28), foi uma resposta à morte de um policial da equipe Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) durante patrulhamento na região.
Na manhã de terça-feira (1°), duas mortes foram adicionadas ao balanço oficial, que até a tarde de segunda-feira contabilizava 10 mortos. Além das fatalidades, a SSP informou que 32 pessoas foram presas e mais de 20 kg de drogas foram apreendidos.
A Operação Escudo, que deve continuar até o final de agosto na Baixada Santista, tem como objetivo reprimir o tráfico de drogas e o crime organizado. No entanto, a série de mortes tem chamado a atenção de autoridades e do governo federal.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, questionou a proporcionalidade da ação. A ouvidoria da PM também está na região recebendo denúncias de possíveis excessos dos agentes envolvidos na operação. O Ministério Público está acompanhando as mortes.
A maioria dos boletins de ocorrência cita confrontos com pessoas armadas. No entanto, a família de um dos mortos contesta essa versão, alegando que o homem foi retirado de casa enquanto estava com o filho no colo, arrastado e executado. A SSP não comentou o caso.
A SSP afirmou que as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos em andamento e estão disponíveis para consulta.
A Operação Escudo foi iniciada após o soldado Patrick Bastos Reis ser baleado durante um patrulhamento na comunidade da Vila Zilda, em Guarujá. O suspeito de atirar e matar Reis, Erickson David da Silva, de 28 anos, está preso e teve a prisão temporária mantida por 30 dias, apesar de negar envolvimento no crime.
Saulo
01/08/2023 - 14h52
Ótimo serviço para a sociedade e principalmente para os moradores da região.