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Esposa de Suel foi à casa de Lessa na semana do assassinato de Marielle e Anderson

A esposa do ex-bombeiro Maxwell Simões, preso por suspeita de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, tentou defender o marido em entrevista. Aline Siqueira é investigada pela polícia. “No dia da morte da Marielle ele estava comigo. Eu tinha ido para um médico. O que eu estou dizendo para […]

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Maxwell Simões sendo preso. Foto: Gabriel de Paiva/Agência O Globo

A esposa do ex-bombeiro Maxwell Simões, preso por suspeita de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, tentou defender o marido em entrevista. Aline Siqueira é investigada pela polícia.

“No dia da morte da Marielle ele estava comigo. Eu tinha ido para um médico. O que eu estou dizendo para você eu também tenho prova. Não sei do carro. E se eu soubesse que ele realmente matou, a primeira coisa que eu ia fazer era largar ele”, disse Aline.

Ela esteve na sede da Polícia Federal na última terça-feira (25) para visitar o marido e, em entrevista à TV Globo neste domingo (30), argumentou que o marido não participou do crime. O programa Fantástico obteve uma gravação de 20 de abril de 2018, seis dias depois do assassinato de Marielle e Anderson, que mostra que Aline foi até a casa de Ronnie Lessa, visivelmente alterada. Pelo interfone, ela fala com o filho de Lessa:

“Eu queria conversar com a sua mãe porque eu queria pedir uma ajuda pra ela, um momento de desespero meu, por isso que eu tô pedindo se eu poderia falar com ela. Não fala pro seu pai que eu tô aqui não, só fala pra sua mãe”, teria dito.

Maxwell foi preso na segunda-feira (24) durante a Operação Élpis, do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Polícia Federal, que investiga as mortes da vereadora e do motorista. No dia que Aline o visitou, Suel foi transferido para a penitenciária federal de Brasília, de segurança máxima.

O ex-bombeiro é suspeito de ter cedido um carro para a quadrilha de Ronnie Lessa esconder as armas por uma noite, após a prisão do sargento, em março de 2019. Antes disso, um dos comparsas, Josinaldo Freitas, o Djaca, teria recolhido as armas e as jogado no mar para evitar apreensão – a polícia cogita que uma delas possa ter sido usada no assassinato de 2018.

O veículo de Suel ficou estacionado em um supermercado na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio e, de acordo com a apuração, ele tentou plantar falsas testemunhas para esconder a propriedade do carro. As tentativas foram desmentidas.

Na delação do ex-PM Élcio Queiroz, ele afirmou que Maxwell Simões monitorava os passos da vereadora desde 2017, ano anterior ao crime. As investigações indicam que ele foi o responsável por trocar a placa do carro usado no assinato e o desmanche do veículo, bem como as cápsulas e munições usadas.

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